Correio de Carajás

Após perda de quase 10 mil doses de vacina, MP cobra ação da Prefeitura de Marabá

Segundo o MP, vacinas perderam a eficácia em 29 de julho de 2022 e foram jogadas fora. Prefeitura tem 10 dias para apresentar medidas à promotoria.

O Ministério Público também constatou um aumento de casos da doença nos últimos 30 dias no município — Foto: ASSOCIATED PRESS

O Ministério Público do Pará (MPPA) recomendou que a Prefeitura e a secretaria municipal de Saúde de Marabá, no sudeste do estado, ampliem a campanha de vacinação contra covid-19. A recomendação de terça-feira (9) foi divulgada na quinta-feira (11) e ocorreu após o vencimento de quase 10 mil doses de vacinas.

Segundo o MP, as vacinas da fabricante Pfizer perderam a eficácia em 29 de julho de 2022 e foram descartadas. O Ministério Público também constatou um aumento de casos da doença nos últimos 30 dias no município.

Alguns dias antes de as doses vencerem, a Prefeitura chegou a dizer que a quantidade de vacinas prestes a vencer eram consequência da baixa procura da vacinação pelos moradores. Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde Pública do Estado do Pará (Sespa), “Marabá teve um índice baixo de vacinação, apresentando apenas 52,85% de cobertura da população”.

Leia mais:

Na semana que as vacinas iam vencer, a prefeitura ampliou os horários de imunização também à noite, e depois liberou a aplicação de quarta dose para pessoas acima de 30 anos. Mesmo assim, 9,3 mil doses acabam indo fora. Apesar do descarte, todas as unidades de saúde tem vacinas disponíveis, segundo a prefeitura de Marabá.

Recomendação

 

Foi dado prazo de 10 dias para que a prefeitura apresente à promotoria de Justiça quais medidas adotadas. Em caso de não adoção da recomendação, serão adotadas as medidas legais necessárias, informou o MP.

A recomendação pede que seja formulado um plano estratégico de divulgação e incentivo à vacinação, priorizando a imunização dos idosos (principal grupo de risco para a Covid-19) e dos profissionais da saúde.

Além de incorporar medidas para evitar aglomeração de pessoas nos postos de saúde; criar pontos de vacinação estratégicos para viabilizar o acesso dos moradores e a possibilidade do idoso ser vacinado em domicílio.

O Ministério Público também solicita que a população seja alertada sobre a eficácia da vacinação e da importância de todos se vacinarem, a partir da ampla divulgação sobre a programação completa e os endereços dos locais de vacinação.

(Fonte:G1)