Desde ontem quem necessita de transporte público em Marabá está sem poder contar com o serviço. Isso porque, entre 5 horas e 8 horas da manhã de terça-feira, dia 17, os motoristas realizaram uma paralisação notificada às empresas Nasson Tur Ltda. e TCA Transportes Coletivos de Anápolis Ltda.
Acontece que após as três horas de manifestação, ao chegarem nos portões da garagem, localizada na Folha 33, foram impedidos pela direção das empresas de assumirem os postos e colocarem os veículos nas ruas, de acordo com Geraldo Dean Silva, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários, Transporte de Passageiros, Interestaduais, Intermunicipais, Urbanos, Cargas, Locadoras e Comércio do Sul e Sudeste do Pará, o Sintrarsul.
“A empresa impediu os trabalhadores de entrarem na empresa e trabalharem. À tarde novamente se apresentaram e foram impedidos de assumir os postos. Hoje (quarta) pela manhã foram normalmente trabalhar e a empresa também impediu. Por volta das 9 horas a empresa começou a liberar alguns carros, mas está apontando alguns trabalhadores, sem seguir a escala”, afirmou.
Leia mais:Conforme ele, o sindicato está solicitando reunião com a Prefeitura Municipal de Marabá e com o Conselho Municipal de Transporte (CMT), além de representantes das entidades envolvidas, para debater a situação.
Os trabalhadores alegam estarem com salário, auxílio-alimentação e férias atrasadas, além de terem tido o plano de saúde cortado. Além disso, acrescenta, a prestação de serviço está muito aquém do necessário.
“Precisamos cobrar os ônibus que era para estarem rodando para melhorar o transporte. Os ônibus estão sucateados e a população também precisa atentar para isso. Não é apenas o trabalhador que está sofrendo, era para rodarem 70 ônibus, hoje rodam de 30 a 40, o que resulta em demora nas paradas, ônibus que quebram e não chegam ao destino, entre outros problemas”.
Para ele, é impossível se montar um quadro de horário com a quantidade de ônibus rodando hoje na cidade. “Em vez de diminuir tem que aumentar e foi reduzido, pelo menos 50%, nunca isso vai atender à comunidade e essa problemática vem há muito tempo. O trabalhador estava se enchendo e agora transbordou, eles provocaram o sindicato e estamos na luta para reivindicar o direito do trabalhador, eles têm compromissos para honrar”, finalizou.
O Correio de Carajás tentou contato com João Martins, diretor das empresas em questão, mas ele não atendeu às ligações. (Luciana Marschall – com informações de Josseli Carvalho)