Correio de Carajás

Após outro crime de sniper em Marabá, polícia faz mistério

Ainda causa grande repercussão em Marabá, o assassinato do ex-policial militar Júlio Jhonne Costa Silva, 31 anos, ocorrido no início da tarde do último sábado (10) por volta das 13 horas. Ele foi morto em frente a um tradicional hotel no núcleo Cidade Nova, onde estava hospedado há cerca de cinco dias com a namorada, possivelmente por um sniper (atirador que utiliza arma de longo alcance).

Vídeos que circularam em redes sociais ainda no sábado mostram a vítima saindo do hotel ao lado da jovem. Ele carregava uma sacola. Aparentava certa preocupação ao perceber que dois rapazes passavam por eles numa moto. Depois, chegou ao veículo (Captur branca) que estava estacionado, abriu a porta e colocou a sacola lá dentro. Ao retornar, recebeu os disparos (no mínimo 2), com a namorada a menos de 1 metro de distância dele.

A moça levou as mãos à cabeça aterrorizada, olhou para um lado e para o outro, enquanto Júlio colocava as mãos à altura do abdômen, corria para se esconder na frente de uma camionete e despencava no chão, ao lado de um banco de cimento. Agonizou ali e morreu.

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A jovem permaneceu em pé, encostou-se na camionete ao lado e ficou ali imóvel até o final da filmagem.

O criminoso ou os criminosos estariam em um Ford K branco, estacionado de ré (único veículo nesta posição naquele perímetro, o que facilita a fuga) a uma distância de cerca de 30 metros, numa posição obliqua. Menos de um minuto após os disparos que mataram Júlio Jhonne, esse veículo sai tomada a direção oposta (esquerda).

Uma equipe do SAMU esteve no local, porém Júlio já estava morto.

A equipe do SAMU esteve no local do crime, mas a vítima já estava sem vida

Na manhã desta segunda-feira, 12, o delegado Vinícius Cardoso das Neves, avaliou o crime e o considerou “bárbaro”, disse que a Polícia Civil e o IML estiveram logo em seguida ao local, colhendo informações e evidências preliminares. “Testemunhas já foram ouvidas de lá para cá. Embora vídeos e foto desse crime tenham circulado de forma viral em Marabá, há muitos elementos que a Polícia precisa manter de forma reservada para não prejudicar a investigação”.

A saída de Júlio dos quadros da PM não ocorreu por acaso. Em novembro de 2019, a Polícia Civil fez busca e apreensão em sua residência, por ele ser acusado de participar do assassinato de Francisco José de Sousa, morto em 13 de julho daquele ano, no município de Senador José Porfírio. A polícia, na ocasião, prendeu um pecuarista de marabá e também buscava José Fernando Feitosa da Silva, outro acusado daquele homicídio.

Ele respondia, também, a vários processos criminais, no Pará e no Estado do Tocantins.

Nas redes sociais, várias pessoas comentavam, de sábado para cá, que ele teria sido o matador de outro homem, crime ocorrido em setembro de 2020 na orla de Marabá (tendo sido filmado), mas a Polícia não confirma esta ligação. (Da Redação)