Após o CORREIO DE CARAJÁS publicar uma matéria relatando que trabalhadores da obra do Terminal de Integração de Marabá estavam atuando sem o uso de EPI (Equipamento de Proteção Individual), a empresa que ganhou a licitação para construção da infraestrutura correu atrás do prejuízo e enviou os colaboradores para realizarem o curso da NR35, norma que regulamenta o trabalho em altura.
Na última quinta-feira, 26, a Reportagem do CORREIO conversou com Elvys Silva, engenheiro responsável pela obra. Ele contou que, por enquanto, o trabalho realizado nas vigas de mais de 4 metros de altura está suspenso, e só retornará após a certificação dos setes homens que irão trabalhar nas alturas.
“Depois da visita de equipe de fiscalização do Ministério do Trabalho, nós procuramos ter um cuidado maior com essa situação. Falta ajustar as condições dos operários que fazem trabalho em altura”, explica. Ele complementa que a atividade em questão é realizada por uma empresa terceirizada (ou seria quarterizada?).
Leia mais:Na tarde de segunda-feira, 24, a Reportagem flagrou homens realizando o serviço em cima das vigas, mais de quatro metros acima do chão. A NR35 especifica que em trabalhos realizados a partir de dois metros de altura, é obrigatória a utilização de sistema de proteção contra quedas. Entre os equipamentos que devem ser utilizados estão: trava queda retrátil, cordas, polia, escada, ancoragem, cinto de segurança.
Nas imagens capturadas pelas lentes do CORREIO, nenhum desses equipamentos estava sendo utilizado, fator que coloca em risco a vida dos trabalhadores.
O Terminal de Integração, localizado no canteiro da Avenida VP-06, entre as Folhas 22, 23, 26 e 27, tem um custo estimado em mais de R$ 4 milhões e as obras ocorrem há pelo menos três anos, em passos lentos. A obra retomou no último dia 17 de outubro com a instalação das treliças que serão usadas para receber a estrutura dos telhados. (Luciana Araújo)