A Netflix paralisou o desenvolvimento de quatro produções originais russas e suspendeu a compra de filmes e séries do país, como forma de somar voz às sanções impostas à Moscou desde a deflagração da guerra contra a Ucrânia na semana passada. Anteriormente, a gigante do streaming havia se recusado a cumprir uma determinação do Kremlin de exibir TVs estatais em seu catálogo.
De acordo com informações da Variety, a Netflix paralisou as produções por tempo indeterminado, inclusive a de uma série do gênero suspense, dirigida por Dasha Zhuk, que já estava com pelo menos metade dos episódios gravados.
Recentemente, a empresa norte-americana desafiou o presidente da Rússia, Vladimir Putin , e anunciou que não permitirá a transmissão de vinte canais de TV estatais russos em sua plataforma.
Leia mais:No ano passado, o Roskomnadzor, órgão de fiscalização e censura das comunicações na Rússia, incluiu a Netflix como um “serviço audiovisual”, uma vez que a plataforma possui mais de cem mil usuários diários no país, e impôs a obrigatoriedade de que o serviço transmita vinte canais de TV estatais, entre os quais o Channel One, um dos principais veículos de mídia aliados ao Kremlin, o de entretenimento NTV e um dedicado à Igreja Ortodoxa Russa, intitulado Spas.
Rússia sofre sanções na área cultural
Além das várias sanções impostas em sua economia por vários países como resposta à invasão do território ucraniano, a Rússia também tem sido sancionada no aspecto cultural.
Ontem, a organização responsável pelo Festival de Cannes 2022 informou que as delegações oficiais russas estão banidas do evento neste ano.
Os estúdios Disney, Warner Bros. e Sony também anunciaram o cancelamento “por tempo indeterminado” de seus filmes nos cinemas russos.
A Rússia invadiu a Ucrânia na última quinta-feira (24), quando deu início aos confrontos armados, que têm avançado diariamente por várias cidades do país europeu, embora as tropas lideradas por Putin ainda estejam incapazes de se apoderar de Kiev.
Hoje, a Assembleia-Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) aprovou uma resolução contra a Rússia, que ganhou o apoio do Brasil.
(Fonte: UOL)