O agente Helder Lourenço, do Grupamento de Operações com Cães da Guarda Municipal de Marabá (GMM), foi apresentado na manhã desta sexta-feira (10), por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), na 21ª Seccional Urbana de Polícia Civil. Ele se envolveu em um acidente na Rodovia BR-230 (Transamazônica). Mas muito mistério envolve o caso.
A situação começou a ficar estranha quando a viatura da PRF parou em frente à delegacia e demorou cerca de 5 minutos para que o agente saísse acompanhado dos agentes federais.
Logo em seguida, a porta da delegacia ficou praticamente sitiada por nada menos de seis viaturas da Guarda Municipal e quase 30 agentes da GM. Mais estranho ainda quando os agentes da PRF deixaram o local e conversaram informalmente com a Imprensa.
Leia mais:Sem gravar entrevista e já com um pé dentro da viatura, um dos patrulheiros chegou a dizer que não havia acontecido absolutamente nada e que aquela movimentação toda se deu por conta de um trabalho em parceria entre as duas instituições. Perguntado sobre o acidente, o agente apenas confirmou que houve o sinistro e foi embora, ignorando toda a “muvuca” que acontecera minutos antes na porta da DP.
A verdade é que o guarda municipal foi levado à delegacia para prestar esclarecimentos sobre o acidente. Estranho ele não ter ido no próprio carro. Talvez isso tenha acontecido porque o carro pode ter ficado avariado, mas a PRF não explicou nada disso.
Chama atenção também o fato de que o próprio superintendente da Guarda Municipal, Everton Barreto, foi à delegacia e acompanhou o caso junto com um advogado constituído imediatamente pelo agente Lourenço.
Em nota, a Assessoria de Comunicação da Prefeitura explicou que o acidente de trânsito na Transamazônica envolvendo um integrante da Guarda Municipal de Marabá, ainda estava em processo de apuração até por volta do meio-dia.
O ponto que mais chamou a atenção da reportagem na nota oficial, dando a entender que algo mais aconteceu, é que o documento da prefeitura confirma que o secretário Jair Guimarães determinou à Corregedoria a abertura de processo interno para apuração do fato, “que será feita com total rigor da lei”.
A pergunta que fica no ar é para que acionar a Corregedoria? Afinal, um acidente de trânsito é algo que pode acontecer com qualquer pessoa, ainda mais que o guarda não estava nem de serviço quando ocorreu a batida.
SAIBA MAIS
O documento da prefeitura diz que a SMSI – Secretaria de Segurança Institucional –, à qual a Guarda Municipal é subordinada, manteve contato com a Polícia Civil afim de esclarecer as circunstâncias da ocorrência. A outra pessoa envolvida no acidente foi encaminhada ao Hospital Municipal de Marabá (HMM), e toda a assistência está sendo dada ao paciente e aos familiares. (Chagas Filho)