O jovem estudante Gustavo de Souza Nogueira, de 15 anos, atropelado por uma caçamba que fazia uma curva na contramão, na Av. 5 de Abril, em 1º de julho, faleceu nesta terça-feira (9), após 8 dias internado no Hospital Municipal de Marabá. O caso teve grande repercussão, principalmente após a divulgação de vídeo de câmera de segurança, que mostra o exato momento em que o caminhão da Prefeitura de Marabá faz a conversão no sentido proibido, durante a tarde, colhe e atropela o garoto e sua bicicleta.
Gustavo está tendo o corpo velado nesta manhã (10/7) na casa da família, próximo à Colônia Z-30, na orla, Marabá Pioneira. O pai, que mora em Altamira, está a caminho da cidade. Já a mãe está desolada e cobra providências sobre o ocorrido.
É possível ver no vídeo, que logo após, Gustavo se levanta e aparentemente sai andando, mas logo depois ele foi levado ao HMM por ambulância do Samu. Os exames de imagem mostraram, num primeiro momento, apenas fraturas de bacia e costela. Em seguida, veio a primeira cirurgia, onde os médicos constataram que pulmão, fígado e rins haviam sido afetados e que o caso era bem mais delicado. Veio a segunda cirurgia, e depois disso o quadro dele seguiu piorando até que foi intubado, segundo a família relatou ao Correio de Carajás.
Leia mais:Também não foi cogitada a transferência dele ao Hospital Regional. Os médicos diziam que não seria necessário. Na noite de terça-feira Gustavo não resistiu e evoluiu a óbito.
No dia do acidente, Gustavo brincava com sua bicicleta na Praça São Félix de Valois, na Orla e a família acredita que ele estava começando o caminho de volta para casa, que fica no Bairro Santa Rosa, nas sequer conseguiu sair daquele perímetro.
MOTORISTA
O motorista do caminhão envolvido no atropelamento é Elias Gonçalves Carvalho, que estava a serviço da Prefeitura de Marabá naquela tarde. Ele prestou socorro à vítima e teria acionado a ambulância do Samu. Logo depois, às 17h40, ele se apresentou à 21ª Seccional de Polícia Civil, onde relatou o fato em um Boletim de Ocorrência e um Termo de Declaração.
No relato, Elias alega que precisou fazer aquele caminho, via orla, após se deparar com a rua que precisava pegar, isolada para um evento político. Também alega que no momento em que fez a conversão para a Rua 5 de Abril (sentido que é contramão ao fluxo correto daquela via) não viu o ciclista, apenas percebendo o solavanco, olhando pelo retrovisor, em seguida, e vendo o menino ao chão. Ele diz que estacionou de imediato, desceu, e percebeu que havia atropelado o menino.
Elias Gonçalves diz que depois que Gustavo foi socorrido, telefonou para os seus superiores na Prefeitura e comunicou o fato, comparecendo em seguida à DP para se apresentar.
O BOP da Civil relata, ainda, que o motorista passou por teste de alcoolemia, o qual deu negativo para o consumo de bebida.
(Da Redação)