Correio de Carajás

Aparelho lê sinais cerebrais e permite controlar objetos com a mente

Criado por empresa americana, o dispositivo transforma ondas cerebrais em comandos e foi usado para mover carrinhos, bonecos e até um mini-helicóptero.

A sua concentração pode fazer objetos levitarem, mesmo que só por alguns segundos. Isso é feito com um dispositivo que capta sinais cerebrais e os converte em comandos para outro aparelho.

Criado nos Estados Unidos, ele é anunciado como uma ferramenta educativa, para melhorar níveis de atenção, e de bem-estar, para práticas de meditação.

No Brasil, ele já foi usado em experimentos para controlar com a mente um boneco, carrinhos em uma pista de autorama e até mesmo um mini-helicóptero.

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Batizado de MindWave, o aparelho foi criado pela empresa americana Neurosky. Ele lembra um fone de ouvido, mas, em vez de saídas de som, tem um sensor posicionado na testa e um clipe que fica preso à orelha.

Com o sensor próximo à testa, o dispositivo consegue ler o padrão de ondas cerebrais de forma não invasiva e diferenciar estados de concentração e relaxamento.

Os sinais são enviados por Bluetooth a um minicomputador, que traduz os dados em comandos para movimentar o objeto.

Além das experiências divertidas, o MindWave é um aliado para estimular o controle da concentração, especialmente por crianças, diz Wagner Sanchez, pró-reitor da FIAP (Faculdade de Informática e Administração Paulista), que testa o dispositivo.

“As crianças percebem de forma visual e divertida se estão conseguindo manter o foco e se estão evoluindo no desenvolvimento da concentração. Isso é um reforço positivo e essencial para a criança treinar a atenção sustentada e o autocontrole”, afirma.

O objetivo é indicar o nível de atenção com abordagem parecida com a de um jogo, o que, segundo Sanchez, é mais motivador do que apenas dizer à criança que ela precisa se concentrar mais.

“A gente transforma a neurociência em educação prática e inclusiva, mostrando que a tecnologia pode e deve ser uma grande aliada no desenvolvimento das crianças”.

(Fonte:G1)