Raimundo Queiroz dos Santos, mais conhecido como Queiroz, é um exemplo vivo de determinação e disciplina em Marabá. Atleta de corridas de rua há 25 anos, o esportista acumula mais de 300 medalhas e cerca de 100 troféus em competições nacionais. Agora, aos 74 anos, ele se prepara para mais um desafio: a tradicional Corrida Internacional de São Silvestre, em São Paulo, que acontece no próximo dia 31.
Em entrevista ao Correio de Carajás, ele relembrou quando tudo começou e falou sobre a expectativa para o evento. “No último ano, corri com 20 mil participantes e agora a previsão é de 35 mil”, conta. Para ele, é uma sensação indescritível correr em meio a tanta gente e quem vive esse momento entende a emoção de cruzar a linha de chegada.
DISCIPLINA E SUPERAÇÃO: O SEGREDO DE QUEIROZ
Leia mais:
Para Queiroz, duas palavras definem seu sucesso: disciplina e superação. “Qualquer pessoa pode alcançar seus objetivos se tiver foco. Não importa a idade. O corpo se adapta ao treinamento e, com o tempo, o que parecia impossível se torna parte de você”, explica, com orgulho.
Apesar de não ser formado em educação física, ele compartilha com a comunidade os aprendizados que adquiriu ao longo dos anos. Para ele, a prática de qualquer esporte vai além da saúde física. “O esporte educa. Ele exige equilíbrio entre exercício e alimentação”.
SÃO SILVESTRE E O LEGADO DE INSPIRAÇÃO
Queiroz viaja nesta quinta-feira (26) para São Paulo, onde enfrentará os 15 quilômetros da prova em um percurso que inclui subidas desafiadoras, como a temida Avenida Brigadeiro Luís Antônio. Ao Correio de Carajás, ele descreve o momento como um momento de superação mental. “A mente comanda tudo. Quando o corpo já está esgotado, é a cabeça que te leva até o fim”.
Mais do que um atleta, Queiroz é um espelho para a comunidade. Sua jornada inspira inúmeras pessoas em Marabá a iniciarem na caminhada e na corrida.
“SEM PREÇO”
Entre os inúmeros troféus e medalhas conquistados, o maratonista destaca o valor emocional dos prêmios que conquista. “Uma medalha que vale dois reais, para mim, é incalculável porque quando eu ganho ela vale um preço que não tem como medir, porque carrega o esforço, o suor e a superação de cada prova”.
Com o apoio da família, de parceiros e da comunidade, Queiroz afirma que a própria trajetória é sustentada pelo coletivo. “A família é o alicerce, e o reconhecimento da comunidade é o que me dá forças para continuar correndo, mesmo aos 74 anos. Correr é uma forma de viver”.
Ao cruzar a linha de chegada, o corredor não estará apenas completando a prova. Ele estará reafirmando que nunca é tarde para começar, superar desafios e transformar a própria vida.
(Milla Andrade)