A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, teve um encontro com a ativista ambiental Greta Thunberg em Davos, na Suíça, onde participa do Fórum Econômico Mundial.
Marina confirmou a reunião durante uma entrevista coletiva com jornalistas nesta quinta-feira (19). O encontro também teve a presença de outras jovens ativistas mulheres.
“Foi um encontro carregado de significado. Muito tocante para mim”, disse.
Leia mais:“É muito bom verificar que temos uma terceira geração de ativistas, diferentemente da gente, que agia isoladamente na floresta, protegendo a floresta com nossos próprios corpos”, acrescentou.
Nesta semana, Greta, que tem 20 anos, foi detida com outros manifestantes durante um protesto contra a demolição de uma vila perto da cidade de Luetzerath, na Alemanha, e foi logo liberada depois de um procedimento de identificação. A ativista sueca protestava contra a demolição do local para a reativação de uma mina de carvão.
Questionada sobre o teor da conversa pela repórter da GloboNews, Bianca Rothier, Marina afirmou ainda que o encontro discutiu o papel de autoridades, empresas e governos na defesa do meio ambiente.
“As cobranças não foram especificamente dirigidas a mim, mas eles pedem que reduzam a emissão de CO2, que acabe com desmatamento, proteja povos indígenas, que acabe com o garimpo ilegal, e que proteja o futuro das gerações presentes e futuras”, disse.
De volta ao Brasil
Depois de diversos compromissos, Marina deixa Davos nesta quinta. No começo desta tarde ela teve sua última participação no fórum, discursando brevemente em um painel que também teve a presença do cientista membro do IPCC, Carlos Nobre, e do governador do Pará, Helder Barbalho.
Na terça (17), durante outro painel ao lado do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, Marina cobrou o compromisso das nações desenvolvidas de repassarem aos países em desenvolvimento US$ 100 bilhões para a proteção ambiental.
Após o evento, a ministra também disse à imprensa que negocia doações com as fundações do ator Leonardo DiCaprio e do bilionário e fundador da varejista Amazon, Jeff Bezos, para o Fundo Amazônia, abastecido por países como Noruega e Alemanha.
(Fonte:G1)