A equipe da Delegacia de Homicídios de Marabá confirmou que a adolescente Ângela Vitória Pinto Silva, de 16 anos, foi assassinada com um tiro na cabeça. O corpo dela foi encontrado no final da manhã de quinta-feira (31), em uma área de enchente na Avenida Pará, Bairro Santa Rosa, na Velha Marabá. Ângela estava desaparecida desde o dia 20 de março.
Inicialmente o desaparecimento estava sendo investigado pela Delegacia Especializada d Atendimento à Criança e ao Adolescente (Deaca), mas após o aparecimento do corpo a investigação será assumida pela Delegacia de Homicídios de Marabá, conforme explicou o delegado Vinícius Cardoso das Neves, superintendente regional de Polícia Civil.
Mesmo antes da confirmação oficial por parte da Polícia Civil, um tio da vítima, ao ver fotos e vídeos do corpo da jovem em grupos de WhatsApp, confirmou que realmente se tratava de Ângela Vitória. Ele ainda agradeceu pelo empenho das pessoas que estavam tentando ajudar a família de alguma forma. “Pessoal, obrigado pelas orações, mas infelizmente o corpo que acharam é da minha sobrinha”, disse.
Leia mais:Sem esperança
Desde o dia do desaparecimento da menor, a mãe dela, Regina Pinto Silva, vinha fazendo apelos às autoridades policiais, por meio da Imprensa, para que investigassem o desaparecimento de sua filha, mas no último vídeo enviado à mídia, ela já tinha até perdido a esperança de encontrar Ângela Vitória com vida, dando a entender que sabia que alguém teria feito algum mal a ela.
“Não suporto mais essa dor. Ela tem família. Minha filha é um ser humano… Eu não quero me vingar de ninguém, não quero me esconder de ninguém, não me interessa saber quem fez isso com ela. Só quero saber onde está o corpo dela”, implorou Regina, quando entrevistada.
Depois que o cadáver de Ângela Vitória foi encontrado, a TV Correio (SBT) entrou em contato por telefone, mais uma vez, com Regina, mas ela disse que não tem condição emocional de falar sobre essa tragédia que lhe tirou a filha de apenas 16 anos.
Vídeo
Além disso, outro elemento que já deixava claro que dificilmente Ângela seria encontrada com vida era um vídeo, ao qual a família da adolescente teve acesso, em que ela aprece deitada em uma canoa, enquanto jovens mostram as mãos com símbolos de uma facção, ao som de uma música muito alta.
A menina, aparentemente, já está morta, pois ela permanece imóvel o tempo inteiro, mesmo diante da música em volume estridente. Além disso, as mãos que aparecem no vídeo sempre encobrem a cabeça da menina, justamente a parte do corpo em que ela levou o tiro. Na filmagem é possível ver ainda uma arma.
SAIBA MAIS
Informações que podem ajudar a polícia a identificar e localizar os assassinatos de Ângela Vitória podem ser repassadas ao Disque Denúncia Sudeste do Pará, que funciona 24 horas, por meio do telefone fixo (94) 3312-3350, WhatsApp (94) 98198-3350 e o APP Disque Denúncia Sudeste do Pará, em ambos os canais o denunciante tem o anonimato garantido.