Correio de Carajás

Anestesista preso por estupro vai ficar isolado em cela no Bangu 8 por ‘medida de segurança’

Ele ocupa a mesma cela onde ficou preso o ex-deputado federal Roberto Jefferson, diz jornal

O médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra, 31, preso em flagrante pelo estupro de uma mulher durante o parto, está sozinho em uma cela da cadeia pública Pedrolino Werling de Oliveira, conhecida como Bangu 8, no Rio de Janeiro. Ele deve seguir separado dos outros presos da unidade por “medida de segurança”, segundo apurou o g1.

O homem, que foi flagrado pelos colegas de trabalho praticando o crime, ocupa a mesma cela onde já ficou preso o ex-deputado federal e ex-presidente do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), Roberto Jefferson. O lugar tem 36 metros quadrados e foi projetado para abrigar até duas pessoas. É destinado, principalmente, a presos com ensino superior.

CHEGADA À PRISÃO
A chegada de Giovanni ao Bangu 8 foi marcada por protestos de detentos. Conforme mostrou a TV Globo, o acusado deu entrada na unidade por volta das 21 horas e foi recebido com vaias, xingamentos e sacudidas nas grades pelos outros presos.

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A reação motivou os agentes de segurança a deixar o anestesista separado dos demais.

ACUSAÇÕES
Além do estupro praticado recentemente contra uma paciente dopada no Hospital da Mulher, no Rio de Janeiro, Giovanni é investigado por outros cinco crimes parecidos cometidos em outras unidades de saúde onde trabalhou.

Os outros estupros foram denunciados após a repercussão do caso por outras mulheres atendidas pelo anestesista. Segundo elas informaram à Polícia Civil, todas receberam remédio para dormir logo depois de os bebês nascerem, prática considerada “incomum” durante uma cesariana, conforme a Associação de Ginecologia e Obstetrícia do RJ.

BANGU 8
O presídio Bangu 8 é conhecido por guardar acusados de crimes com repercussão nacional. Além de Giovanni Quintella e do ex-deputado federal Roberto Jefferson, já estiveram enclausurados no local o ex-vereador do Rio Jairinho, que aguarda julgamento pela morte de seu enteado, Henry Borel, e o ex-governador Sérgio Cabral.

(Fonte: Diário do Nordeste)