A Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), com sede em Marabá, marca presença na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), realizada em Belém (PA). A comitiva é liderada pelo reitor, professor Francisco Ribeiro da Costa, e reúne docentes, técnicos e pesquisadores que participam de atividades científicas, artísticas e culturais na programação oficial e paralela da conferência. A presença da Unifesspa reafirma o compromisso da instituição com a sustentabilidade, a inclusão e o protagonismo amazônico na construção de soluções para a crise climática.
“O primeiro dia na COP 30 foi marcado por intensas agendas e diálogos com diversos atores. A convite do reitor da UFPA, participei da inauguração do estande da Universidade Federal do Pará (UFPA) na Zona Azul, um espaço estratégico da Conferência. O momento foi simbólico: as universidades amazônicas reafirmaram seu papel central na produção de conhecimento e na busca de soluções sustentáveis para os desafios que afetam nosso território”, afirmou o reitor da Unifesspa.
Durante a cerimônia, Ribeiro destacou a importância da presença das universidades públicas amazônicas no evento e o papel da Unifesspa na articulação entre ciência, território e sociedade. “A COP 30 é um espaço em que a Amazônia fala por si, com suas universidades, povos e saberes ancestrais assumindo a centralidade do debate. Nosso papel é mostrar que a produção científica feita aqui tem rosto, território e compromisso com o futuro do planeta”, diz.
Leia mais:A professora Lucélia Cavalcante, vice-reitora da Unifesspa, participa do Encontro Amazônico de Facilitadores da Bioeconomia, nos dias 18 e 19 de novembro, no auditório do IDEFLOR-Bio, dentro da programação oficial da COP 30. O evento busca fortalecer o protagonismo de lideranças comunitárias rurais e resultará na Carta dos Povos e Comunidades Promotores e Guardiões da Sociobiodiversidade, documento coletivo que será entregue a tomadores de decisão e instituições de fomento.
Lucélia será palestrante da Mesa 3 – “Assistência técnica e acesso à tecnologia, pesquisa e desenvolvimento para a bioeconomia”, no dia 18 de novembro, às 14h. “A bioeconomia amazônica precisa valorizar os conhecimentos tradicionais e garantir o bem viver das populações que historicamente preservam nossos biomas”, ressaltou a vice-reitora.
O professor Evaldo Gomes, do IEDAR/FACE/PPGPAM, integra a Delegação Brasileira na Blue Zone, representando a sociedade civil e a Unifesspa entre os dias 10 e 20 de novembro. Sua presença amplia as vozes amazônicas nos espaços de decisão e cooperação internacional, fortalecendo a defesa dos territórios e das populações que vivem os impactos diretos das mudanças climáticas.

Já Daniel Nogueira (IEDAR/FACE) atua como moderador da mesa “Socio-biodiversity accounting and financing mechanisms”, no Pavilhão de Ciência Planetária (Blue Zone), no dia 14 de novembro, das 13h30 às 14h30, com a participação de representantes da UFPA, UFOPA e BNDES. Daniel também integra a Rede Pará de Bioeconomia, coordenada pela Fapespa, e o projeto PPMAC – Políticas Públicas de Mitigação e Adaptação Climática a partir da Bioeconomia, aprovado pelo CNPq Pro Amazônia (19/2024).
A professora Sílvia Cardoso, do Instituto de Linguística, Letras e Artes (ILLA), representa a Unifesspa no projeto internacional “Amazon Indigenous Wisdom Shaping Climate Solutions in Brazil (Mae Mekea)”, conhecido como Mae Mekea – Cuidar do Planeta na Língua Huni Kuin. Financiado pela British Academy, o projeto reúne pesquisadores e comunidades indígenas na construção de soluções climáticas baseadas em saberes ancestrais e ciência colaborativa.
As duas primeiras atividades da professora Sílvia ocorreram nesta segunda-feira (11 de novembro), com a Mesa Redonda Mae Mekea, realizada às 10h, na Green Zone, e a Mesa Mae Mekea, às 13h, na COP do Povo. A pesquisadora ainda participará de uma terceira mesa, no dia 14 de novembro, às 13h, na Aldeia COP/UFPA, encerrando a participação do projeto na programação da conferência.
O professor Marcelo Barbalho, do curso de Jornalismo (ICSA), apresenta o documentário “Como estamos nós, Barruel” no Festival de Investimentos de Impacto e Negócios Sustentáveis da Amazônia (FIINSA), em 10 de novembro, às 19h, no Cepusa, em Belém. Inspirado no livro “Marabá: cidade do diamante e da castanha”, do sociólogo francês Barruel de Lagenest, o filme revisita a cidade 70 anos depois, refletindo sobre as transformações sociais e ambientais da região.
O professor Hiran de Moura Possas, do ICH/Fecampo/Pdtsa, integra a exposição “Imagens para adiar o fim do mundo”, no Museu da UFPA, a partir de 10 de novembro. A mostra reúne fotografias e audiovisuais que cruzam memória, território, ancestralidade e futuro, com curadoria de Richard Wera Mirim (Guarani) e João Kulcsár, inspirada no pensamento de Ailton Krenak.
O professor Armando Queiroz participa da exposição de inauguração da Galeria de Arte da Universidade Federal do Pará (GAU), no Convento dos Mercedários, em Belém.“Ao inaugurar no período da COP 30, a exposição lança um olhar de dentro do território amazônico, com vozes que se permitem afetar pela história e pelos descaminhos que são propostos à terra-mãe.”
André Abranches, do Instituto de Geociências e Engenharias (IGE), participa das atividades do CREA-PA na Green Zone, entre 18 e 21 de novembro, incluindo o painel “Minerais Críticos e sua Importância na Transição Energética”, no dia 19 de novembro, das 15h às 16h.
O professor Sílvio Alex Pereira da Mota apresenta ações do Projeto CAPBio-Amazônia Legal, em parceria com o Sustenbio Energy, no estande do SENAR, na Agrizone, voltado à difusão de tecnologias sustentáveis e boas práticas produtivas.
A docente Andréa Hentz de Mello, da FCAM/IEDAR, participa das atividades do projeto “A palmeira Babaçu nas pastagens: uma oportunidade no contexto das mudanças climáticas”, desenvolvido em convênio entre o Institut de Recherche pour le Développement (IRD/França) e a Unifesspa. As ações acontecem nos dias 13 e 15 de novembro, na Caravana Iaraçu (Porto da UFPA) e no estande da Embrapa.
A Unifesspa também participa do jogo educativo “Coletando Futuro: sobre a palmeira babaçu e as pastagens”, promovido pelo Institut de Recherche pour le Développement (IRD), em 15 de novembro, das 15h20 às 16h35, na Agrizone (Auditório 4). A atividade faz parte da programação da COP 30 e integra o projeto internacional “A palmeira Babaçu nas pastagens: uma oportunidade no contexto das mudanças climáticas”, desenvolvido em parceria entre o IRD e a Unifesspa.
Representando a universidade, participa a TAE e mestrando Eumar Coelho, do Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemática (PPGECM), ao lado das pesquisadoras Charlotte Maquet (CIRAD) e Juliana Sobreira Arguêlho (UnB). O jogo propõe uma reflexão lúdica e participativa sobre a convivência entre o babaçu e as pastagens, destacando o papel das comunidades rurais na construção de alternativas sustentáveis para o uso do solo na Amazônia.
O Projeto Nutrindo Raízes e Saberes, desenvolvido com o Programa Germine Coletivas de Mulheridades e Diversidades – NARTE/FACED, participa da Cúpula dos Povos e da COP 30 com atividades sobre mulheridades e questão climática. A equipe da Unifesspa é composta por Rafaela Silveira, Clara Silva Lima e outra integrante do projeto, que destacam a importância da atuação coletiva de mulheres amazônidas na construção de políticas sustentáveis.
O professor Dom Condeixa de Araújo, da Faculdade de Comunicação (Facom) e do Instituto de Ciências Sociais Aplicadas (ICSA), participa do lançamento do projeto “Investigação Ampla na Região Amazônica de Saúde (IARA)”, que será realizado no dia 14 de novembro, às 14h, na Green Zone.
Representante do IARA na Unifesspa, o professor integra a iniciativa que envolve universidades e instituições de pesquisa da Amazônia, com foco em saúde, território e mudanças climáticas. O projeto busca fortalecer a cooperação científica e a formulação de políticas públicas para o bem viver e a sustentabilidade na região amazônica.
Encerrando a participação docente, o professor Antonio Carlos Santos do Nascimento Passos de Oliveira, do IGE e integrante do NUADE, representa o SindUnifesspa em atividades como a barqueata do Coletivo Intersindical, o Tribunal dos Povos contra o Ecogenocídio e a Marcha Unificada – Dia de Ação Global por Justiça Climática.
(Fonte: Ascom Unifesspa)
