História em quadrinhos, cultura pop e todo o universo dos super-heróis. Assim, o Centro Integrado de Inclusão e Cidadania (CIIC) recebeu durante todo o final de semana a Amazônia Comicon 2019, que esse ano trouxe a proposta de inclusão e acessibilidade para as pessoas com deficiência.
Ao contrário das demais feiras do segmento, o Amazônia Comicon focou exclusivamente no artista regional. “Nos últimos anos nós tivemos uma demanda muito grande de artistas locais, como roteiristas, quadrinhistas e desenhistas paraenses. Por tanto, nós focamos nos artistas regionais da capital e do interior”, explica o coordenador do evento, Cláudio Fly.
Além das exposições dos artistas paraenses, o evento despertou a curiosidade dos usuários do Centro. Para o universitário, Lucas Moura, que é surdo, as palestras despertaram uma possibilidade de atuação no mercado de trabalho de animação. “Nós surdos temos muito interesse sobre os produtos audiovisuais. Os filmes e as animações nos despertam atenção, porque a nossa comunicação é visual. Então a palestra sobre animação paraense foi muito boa”, diz ele.
Leia mais:Desse modo, a programação do evento, como os bate papos, palestras e rodas de conversas, contaram com recursos de acessibilidade. “É muito bonito ver quando um evento como esse pensa nas pessoas com deficiência e disponibiliza recursos de acessibilidade como os intérpretes de Libras para as pessoas surdas. Então, é importante que o Centro abra as portas para tanta gente nova e talentosa”, comenta Valdir Moura, Presidente da Confederação Brasileira de Basquetebol em Cadeira de Rodas.
Para o coordenador do CIIC, Felipe Bordalo, é muito importante aproximar as pessoas com deficiência do universo das animações, games e heróis. “Nós sabemos que as pessoas com deficiência interagem bastante com esse mundo das histórias em quadrinhos, então nós abraçamos a parceria de realização desse evento. A nossa ideia é estreitar os laços para que, futuramente, possamos fazer mais ações desse tipo aqui no centro”, explica.(Agência Pará)