Desde o início da segunda edição da Operação Verde Brasil em 11 de maio, 116 pessoas foram presas por crimes ambientais na Amazônia, mais de 175 milhões de reais em multas foram aplicadas e quase 20 mil metros cúbicos de madeira foram apreendidos.
A força tarefa une as Forças Armadas, Polícia Federal, IBAMA, Força Nacional e secretarias estaduais de Meio Ambiente. O objetivo é desarticular quadrilhas de madeireiros e garimpeiros na área da Amazônia Legal. Este ano, a Operação Verde Brasil foi antecipada justamente para coibir os principais crimes ambientais que ocorrem nesta época do ano.
Leia mais:Em 2019, o desmatamento e as queimadas na floresta foram notícia em todo o mundo. Em 2020, combatendo as ações ilegais no período chuvoso, a expectativa é que não haja madeiras cortadas para que os chamados “toreiros” realizem a queimada no período da seca. Um contragolpe para quem esperava aumentar a área de pastagem nos estados da região amazônica.
A meta da Operação Verde Brasil para este ano é que o índice de queimadas nos cinco estados da Amazônia, alvo das ações conjuntas, fique abaixo da média histórica. Para isso, todo tipo de tecnologia está à disposição: imagens de satélites, sobrevoos de helicóptero e mapas de focos de calor.
Os repórteres do Caminhos da Reportagem viajaram para os três estados recordistas em desmatamento no Brasil, Pará, Mato Grosso e Rondônia, e acompanharam as primeiras ações da Operação Verde Brasil. Em Nova Ubiratã, no Mato Grosso, a nossa equipe registrou o flagrante de um estoque de madeira ilegal. Na região de Marabá, no Pará, os agentes descobriram um garimpo ilegal responsável pela destruição da floresta numa terra que pertence à União.
O programa mostra também que existem alternativas sustentáveis para quem vive da Floresta Amazônica. A nossa equipe visitou uma fazenda em parte desmatada pela pecuária que adotou o sistema agroflorestal e vem tendo lucro com o cultivo de plantas nativas, como o açaí e o cupuaçu. (EBC)