Desde antes do anúncio dos indicados ao Oscar 2025 nesta quinta-feira (23), o filme francês “Emilia Pérez” e sua protagonista, a espanhola Karla Sofía Gascón, já eram encarados como os grandes rivais de “Ainda estou aqui” e Fernanda Torres na premiação.
Por isso, muitos brasileiros destinaram equivocadamente um número descabido de ódio à produção e à atriz – que viu suas redes sociais invadidas por ataques de fãs de Fernanda.
“Fernanda, por favor, um abraço. Te amo muito. Me ajuda com essa galera.”
Leia mais:O pedido, realizado em entrevista ao g1 durante passagem pelo Brasil para promover seu filme, é feito com o bom humor de uma artista que vive o melhor momento de sua carreira – apesar dos ataques.
É tanta indicação que três delas batem de frente com “Ainda estou aqui” (melhor filme e melhor filme internacional) e com Fernanda Torres (melhor atriz).
“Eu adoro o Brasil. Acho que o público da internet não é o público de verdade. ‘Emilia Pérez’ é um filme maravilhoso. ‘Ainda estou aqui’ com certeza também é. Eu adoraria que Emilia Pérez fosse brasileira. Eu adoraria. Porque já senti o amor do público brasileiro quando fiz ‘Rebelde’. Um dos públicos mais maravilhosos que existem é o brasileiro”, diz Gascón.
Aos 52 anos, a espanhola que fez carreira nas novelas do México é grande admiradora do futebol brasileiro. Torcedora do Real Madrid, ela obviamente acha que Vinicius Jr. é o maior do mundo atualmente – e nem tem palavras para falar sobre o tanto que adora Endrick.
“Meu amor pelo Brasil não impede que uma pessoa odeie ‘Emilia Pérez’ ou faça essas comparações nas redes sociais com Fernanda Torres ou com o filme de vocês.”
“Acho que merecem todo o reconhecimento. Fernanda e o filme e tudo isso. Mas, para mim, não é uma competição. Muito menos acho que seja bom que, para que seu filme seja relevante, tenha que diminuir os outros filmes ou trabalhos. Acho que isso fala mais de você e do seu trabalho que da outra pessoa”, fala a atriz.
“Emilia Pérez” estreia nos cinemas brasileiros em 6 de fevereiro. Nele, Gascón interpreta uma narcotraficante mexicana que busca a ajuda de uma advogada (Zoe Saldaña, também indicada) para completar sua transição de gênero e viver como a personagem do título.
“Não vi nada de alguém de ‘Emilia Pérez’, ou que esteja elogiando o trabalho feito em ‘Emilia Pérez’, que diga que Fernanda Torres ou ‘Ainda estou aqui’ é um filme ruim, ou que não merece os prêmios. Ao invés disso, eu tenho minhas redes sociais cheias de ‘Fernanda Torres é melhor que você’ e ‘você não merece’ e ‘Fernanda Torres tem que ganhar e você não’.”
(Fonte:G1)