A Comissão de Desenvolvimento Socioeconômico de Marabá esteve reunida, na tarde de terça-feira, 1º de junho, para discutir demandas dos alunos do curso de Medicina da Universidade Estadual do Pará (UEPA), Campus VIII, junto à Secretaria Municipal de Saúde do Município.
Kellice Feitosa de Araújo, representante do Centro Acadêmico de Medicina de Marabá (CAMMAB), destacou que as pautas específicas em relação ao curso de medicina têm efeito tanto para os estágios quanto aos estudantes do internato. Ele relacionou que faltam para os alunos EPI´S nos hospitais e Unidades Básicas de Saúde; dificuldade de acesso no que tange às roupas privativas do setor cirúrgico, visto que o HMM não fornece; problema com a alimentação no HMM, pois só fornecem aos internos; e solicitam que seja celebrado convênio entre Prefeitura e UEPA para oferta de estágio remunerado aos acadêmicos.
O vice-prefeito Luciano Dias falou que o município de Marabá ainda precisa de um tempo de adaptação com a demanda crescente dos estágios dos cursos de graduação. “O município está sendo demandado como um polo universitário, e a demanda é maior do que nossas possibilidades. Precisamos amadurecer isso, para que o município possa absorver totalmente a demanda. Estamos criando a pareceria com a UEPA, com residência de medicina, por exemplo, para que os estudantes já saiam com residência de clínica médica geral, em ginecologia e obstetrícia”.
Leia mais:Luciano frisou, ainda, que quando se trata da UEPA é preciso ampliar a visão para as demais demandas das outras universidades e cursos. “Não posso atender tudo aqui e não pensar nas outras questões. Quando falo isso pra a UEPA eu tenho que abrir para as outras universidades. Acho que isso precisa ser tratado de uma maneira geral”.
Luciano ainda salientou sobre os aspectos específicos da pauta, garantindo que o Executivo está aberto a debater e buscar soluções. Contudo, pediu um tempo para análise e levantamento de dados sobre o assunto, pois é a primeira vez que teve contato com esse tipo de pedido.
Por fim, Luciano lembrou que não conhece profundamente os dados sobre a UEPA, mas que só da Facimpa, a cada semestre, entram 120 alunos. “Imagine garantir EPI e alimentação para todos os alunos diariamente. Essa questão não é responsabilidade nossa, e sim da universidade. Temos de estudar mais sobre esse assunto. Peço um prazo para avaliar o caso e necessito de informações da UEPA, para me debruçar sobre o assunto”.
A presidente da Fundação Casa da Cultura de Marabá, Vanda Américo, frisou que a Comissão está buscando a independência da UEPA, para que possa avançar. “Do momento em que tivermos uma universidade com recursos próprios aqui, teremos cursos com aptidão e um melhor desenvolvimento da nossa universidade estadual. Estamos abraçando a luta de emancipação, para termos maior autonomia na educação pública superior oferecida pelo Estado”.
A vereadora ainda sugeriu a bolsa estágio, que daria para ser feita diretamente, com um termo de cooperação técnica entre o município e a UEPA.
Assim que o secretário tomar posse de informações sobre o curso de medicina da UEPA e realizar o estudo necessário, a Comissão voltará a se reunir para debater o assunto com mais profundidade.