Em uma tarde regada a conhecimento, troca de experiências e aprendizado, 10 alunos do curso de jornalismo da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), com sede em Rondon do Pará, estiveram na sede do Grupo Correio de Comunicação, em Marabá, na tarde desta quinta-feira (6) para entenderem, na prática, o que o futuro da área lhes aguarda.
O tour dos jovens e da professora Ingrid Bassi começou pelo estúdio da Rádio Correio FM. Os estudantes puderam ver de perto como funciona a transmissão das informações pelos microfones do locutor e radialista Sandro Oliveira, e como elas chegam até os ouvintes que sintonizam a 90.5hMz, de seus veículos, celulares e até computadores.
Em seguida, a reunião tomou forma na redação do Portal Correio de Carajás e do jornal Correio. Ulisses Pompeu, editor do site, tomou a rédea do encontro nesta fase para explicar minuciosa e dinamicamente o nascimento do jornal Correio Tocantins, pai do portal e atual impresso.
Leia mais:Com seus 26 anos na família Correio, e vivência de sobra para poder narrar todos os passos dados até o atual momento do grupo, o diretor-revisor reviveu, através de suas maiores armas como profissional: as palavras, os caminhos percorridos até que a informação pudesse ser transmitida instantaneamente pelas redes sociais, como funciona hoje.
Cada canto da plataforma digital foi explorado e apresentado aos convidados como uma pequena excursão. Do clássico esqueleto do site até o novo bebê do Portal: WebStories, os jovens e a educadora ficaram por dentro de como a internet é o verdadeiro artifício da equipe para ampliar o jornalismo a um ambiente sem fronteiras e de um reduto de eternas novas possibilidades, diante do mundo tecnológico que vivemos.
Mudando o foco da conversa e trazendo a perspectiva da transformação da notícia a mão para o espaço virtual, Chagas Filho, repórter da Correio TV e do Portal, falou sobre algumas adaptações necessárias para o panorama atual do jornalismo. Ele destacou a cautela de se transmitir notícias com assuntos sensíveis como o suicídio. Em uma apresentação com um “antes e depois” de como esse tema era abordado, trouxe exemplos de comparação entre o próprio Jornal Correio do Tocantins na década de 1980 e da plataforma digital atual.
A turma deu um giro pela empresa e pôde conhecer os diversos departamentos que integram o Grupo Correio, como a efervescência da gráfica e a seriedade dos setores comerciais e do departamento de recursos humanos.
Por último, e longe de ser menos importante, os bastidores da TV também foram curiosamente explorados pelos futuros jornalistas. Em um discurso inspirador que mesclou experiência e conhecimento, a diretora e apresentadora do departamento, Angelika Freitas, revisitou os desafios da profissão, na prática, como mulher e uma das pioneiras da região.
A “Mana”, como gosta de ser chamada, manifestou e transmitiu a grande paixão pelo trabalho, sem deixar de pontuar que o jornalismo é um conjunto de meios de comunicação e, estar disposto a trabalhar em cada um deles é a fórmula perfeita para a receita ideal de um profissional que terá a base sublime para ter o conhecimento de transmitir com maestria a informação como a sociedade carece e tem direito, prestando o verdadeiro serviço de um comunicador.
Sobre a visita, o aluno Kennidi Junior mostrou-se contente e muito agradecido pela oportunidade: “Estou no 5º período do curso e ter essa chance única de ver de pertinho como o jornalismo funciona em tantas esferas, veiculando a verdade pelo telejornalismo, rádio, impresso e virtualmente, desperta ainda mais em mim a vontade de me profissionalizar na área. Foi edificante”, sintetizou.
Para a docente Ingrid Bassi, que dentre outras disciplinas leciona Jornalismo Comunitário e Alternativo para a turma que participou da visita, o mais próximo do segmentado do jornalismo local, regozija a reunião entre o veículo e os alunos e a entende como uma forma de inspiração e perspectiva.
Ela, que também é professora de História do Jornalismo e Teorias do Jornalismo, cita a oportunidade como imprescindível para os alunos que nunca tinham tido essa introdução visual, com uma empresa jornalística. “Ver jornalistas, viver o ambiente, ver o quão real é isso é muito importante, pois esses jovens possuem uma demanda específica, muitos nunca nem tinham tido contato com o espaço físico de um Jornal”, concluiu, citando toda a experiência como uma riqueza imaterial. (Thays Araujo)