A reforma da Escola Estadual Irmã Dulce, em Parauapebas, virou um problema crônico. Desde 2017, que os alunos da escola fazem protestos e cobram a conclusão das obras e, ontem, terça-feira, 9, voltaram a fazer manifestação nesse sentido.
Eles saíram em marcha até a Câmara Municipal (CMP) e conseguiram ser recebidos pelos vereadores em reunião que aconteceu após a sessão ordinária. Os parlamentares conversaram com os estudantes e se comprometeram em mediar a discussão com o Governo do Estado.
O novo diretor da 21ª Unidade Regional de Ensino (URE), Carlos Eduardo Sousa do Nascimento, também participou da reunião e adiantou que o governador Helder Barbalho já determinou que as obras da escola sejam retomadas em ritmo acelerado para que sejam concluídas em tempo de fazer a inauguração no dia 10 de maio, em um mês, data em que se comemora o aniversário de Parauapebas.
Leia mais:Durante a visita do governador à cidade, no último dia 3 (quarta), na Ação Cidadania do Programa ParáPaz, Helder Barbalho deixou claro que a área de Educação é um dos setores a ser olhando com bastante carinho pelo seu governo. Observou que a qualidade das escolas do Estado no município está aquém do considerado aceitável.
“Nós estamos focados em melhorar esse quadro porque entendemos que só se muda a realidade de um povo através da educação”, comentou. Após a reunião com os vereadores e com a garantia de que o Estado vai retomar as obras paradas, os estudantes consideraram positiva a discussão e prometeram que vão esperar até o prazo previsto para entrega do prédio da escola. No entanto, avisaram que se isso não ocorrer, irão voltar a se manifestar.
Em 2017, após muitas manifestações, com interdições de ruas, uma comissão de estudantes conseguiu ir à Belém, onde se reuniu com os representantes da área de Educação do Estado. Após o encontro e exposição das dificuldades que enfrentam para estudar no prédio que foi locado para abrigar a escola até a conclusão das obras, o governo retomou a reforma.
As obras iniciaram em novembro daquele ano e o prazo de término era de 120 dias. Assim, a reforma da escola era para ter sido concluída em fevereiro de 2018. No entanto, as obras voltaram a ser paralisadas pelo governo passado, para desespero dos alunos. Eles reclamam que o anexo locado não tem condições de funcionar como escola, apresentando inúmeros problemas. (Tina Santos)