Correio de Carajás

Aluna de 13 anos transforma jornais em vestido sustentável

Estudante da Escola O Pequeno Príncipe criou peça exclusiva em projeto relacionado à COP 30 e cultura amazônica

Lorena durante o desfile na escola com a peça montada com jornais

Lorena Braga Monteiro, de apenas 13 anos, estudante da Escola O Pequeno Príncipe, em Marabá, chamou atenção ao transformar 84 jornais antigos em uma peça de vestimenta como forma de conscientização sobre a importância da reciclagem e sustentabilidade. O projeto, desenvolvido no contexto das discussões sobre a COP 30 e a cultura amazônica, demonstrou como materiais aparentemente descartáveis podem ganhar nova vida através da criatividade e consciência ambiental.

A iniciativa surgiu de uma pesquisa pessoal realizada pela própria estudante, que buscava formas inovadoras de reutilizar materiais que normalmente seriam descartados. “Essa ideia de usar o jornal surgiu de mim mesmo a partir de uma pesquisa que fiz”, explica Lorena, demonstrando o protagonismo juvenil na busca por soluções sustentáveis.

Processo criativo

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O projeto demandou dedicação e planejamento cuidadoso. Durante sete dias, Lorena trabalhou na confecção da peça, utilizando não apenas os 84 jornais, mas também materiais como tesoura, cola de tecido e cola bastão. A jovem ainda reutilizou um cropped, que foi coberto com os jornais, maximizando o conceito de reaproveitamento de materiais.

“O objetivo final foi demonstrar que apenas alguns jornais pode transformar em uma obra sustentável”, destaca a estudante, evidenciando a consciência ambiental que motivou todo o trabalho. A escolha do jornal como material principal não foi casual, mas resultado de uma reflexão sobre como dar nova utilidade a um material amplamente disponível e frequentemente descartado.

Os jornais utilizados foram obtidos junto ao Jornal Correio de Carajás, aqui na sede do Grupo Correio.

Apresentação e impacto

A apresentação do projeto aconteceu no dia 28, em uma atividade escolar focada em reciclagem e produtos que podem ser reutilizados para criar diversas utilidades. O resultado superou as expectativas, sendo avaliado pelos presentes como “uma ideia muito bem pensada”.

A repercussão positiva do trabalho de Lorena demonstra como projetos educacionais podem ir além da sala de aula, inspirando reflexões sobre consumo consciente e responsabilidade ambiental. “Passar para as pessoas a ideia de reutilizar produtos reutilizáveis que podem ser sustentáveis para o planeta” foi o propósito central que guiou toda a iniciativa.

Relevância

O projeto ganha ainda mais relevância ao ser desenvolvido no contexto da COP 30 e da valorização da cultura amazônica. Em um momento em que os olhos do mundo se voltam para a região amazônica e suas questões ambientais, iniciativas como a de Lorena mostram que a consciência ecológica pode e deve começar nas escolas, com os jovens assumindo papel ativo na construção de um futuro mais sustentável.

A transformação de materiais descartáveis em arte funcional representa uma forma tangível de educação ambiental, demonstrando na prática os princípios da economia circular e do consumo responsável. O trabalho de Lorena exemplifica como a criatividade juvenil pode ser canalizada para questões de relevância global, conectando o local com o universal.

(Da Redação)