A Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado (Susipe) confirmou a morte do interno Geovane Silva de Souza, na tarde da última quinta-feira (25), no Centro de Recuperação Regional de Altamira (CRRALT). A vítima foi encontrada com indícios de asfixia mecânica.
Geovane Souza tinha sido preso junto com outro detento, pela Polícia Civil. Os dois são acusados de um duplo homicídio, em Altamira, e foram encaminhados para a unidade prisional da Susipe, na manhã daquele mesmo dia.
De acordo com a Diretoria de Administração Penitenciária da Susipe, a vítima estava em uma cela de segurança com outros internos e foi encontrado morto com sinais de asfixia mecânica. A Susipe já tomou todas as providências legais. O Instituto Médico Legal removeu o corpo e a Polícia Civil instaurou um inquérito para apurar o caso.
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O duplo homicídio do qual Geovane era acusado chocou a cidade de Altamira. As vítimas foram mãe e filha: Fernanda Moura de Oliveira (28 anos) e a pequena Maria Isabelly Moura de Oliveira (4 anos). O crime foi comunicado pelo companheiro da desaparecida, o qual relatou que havia saído de casa pela manhã, e, ao retornar, sua esposa e filha não estavam em casa, mas as luzes ainda estavam ligadas e a moto havia sido subtraída.
Diante das informações, a Delegacia de Homicídios, sob o comando do delegado Fernando Marcolino, com apoio da Superintendência do Xingu, passou a realizar sucessivas diligências a fim de colher maiores informações acerca do suposto desaparecimento, momento em que a polícia tomou conhecimento de que o vizinho da vítima, Geovane, seria ex-presidiário, o que gerou suspeitas sobre ele.
Após diligências Geovane resolveu colaborar confessando o crime, informando ter matado ambas as vítimas e enterrando-as em uma cova rasa, na zona rural de Altamira. Ele levou os policiais ao local em que teria ocultado os corpos, bem como descreveu todos os detalhes de como teria praticado o crime, apesar de alegar ter praticado sozinho, procurando defender os outros envolvidos.
Com apoio do CPC Renato Chaves, no momento da realização de perícia de local de crime, foi possível fazer a remoção dos cadáveres, sendo detectado que a criança teria sido estrangulada por uma corda e a mãe teria sido golpeada à faca no pescoço. (Da Redação)