Correio de Carajás

Alertas: como as crianças têm acesso à pornografia e como evitar

Saiba como proteger seu filho de conteúdos inadequados

As crianças têm tido acesso a conteúdos pornográficos mais cedo — Foto: Freepik

O contato cada vez mais precoce com a internet tem causado um grande impacto na vida das crianças. Segundo a Irish Society for the Prevention of Cruelty to Children (ISPCC), ou Sociedade Irlandesa para a Prevenção da Crueldade contra Crianças, em tradução livre, crianças a partir de 6 anos de idade já têm acesso a conteúdo pornográfico na rede. Às vezes, isso acontece até antes.

Para Bruno Mader, psicólogo do Hospital Pequeno Príncipe, essa exposição precoce é preocupante. “Dos 6 aos doze anos, nos valemos de conteúdos fantasiosos pra entender o mundo. Questões tão explícitas assim causam uma confusão de papéis porque as crianças não são maduras o suficiente para entender”, explicou. “Não é legal para elas, não tem nada de positivo”, afirma.

1. Pesquisas na internet

Com uma simples pesquisa, digitando ou por comando de voz, é fácil encontrar conteúdos pornográficos, não adequados para a idade. A curiosidade sobre alguma palavra de teor sexual pode levar a criança a fazer as buscas.

2. Celular dos pais e familiares

Muitos adultos recebem conteúdo pornográfico em grupos de aplicativos de mensagens, como o WhatsApp e Telegram. Dependendo da configuração do aparelho, o material fica salvo na galeria de vídeos e fotos. Então, o adulto – seja o pai, a mãe, o avô, o tio – empresta o celular para a criança e esquece de deletar ou proteger as imagens. Está feito o estrago.

3. TV

Há diversos canais adultos, que exibem conteúdo sexual, mesmo durante o dia. Caso o acesso não seja bloqueado, a criança pode passar um deles, enquanto zapeia com o controle remoto.

4. Amigos na escola ou em outros lugares

Você pode tomar as precauções para proteger seu filho da pornografia, mas, talvez, algum coleguinha dele não tenha recebido o mesmo cuidado. Outras crianças que, por acaso, tenham conseguido o acesso a conteúdo inadequado, podem mostrar ou compartilhar.

5. Chats em jogos

Muitos jogos populares entre as crianças possuem a opção de brincar online e trocar mensagens por chat. Predadores podem enviar fotos e vídeos inadequados. O ideal, caso seu filho jogue, é manter a opção de chat bloqueada.

6. Redes sociais

Redes sociais, como Instagram e TikTok, entre outros, podem conter materiais de conteúdo pornográfico, ainda que de maneira menos explícita. Embora as mídias sejam permitidas, de acordo com as regras das empresas, somente a partir dos 13 anos, sabemos que, em muitos casos, esse acesso acontece bem antes.

O que fazer?

 

  • Diálogo – A principal maneira de proteger seu filho é manter um canal de comunicação sempre aberto. Converse sobre educação sexual, com informações e linguagem que a criança consiga compreender de acordo com a idade. Explique também sobre segurança na internet e, sobretudo, mostre-se disponível para que ele tire dúvidas ou peça ajuda, caso algo aconteça.
  • Proteção nos dispositivos – Cuidado com o conteúdo armazenado em seu aparelho celular ou no de outros adultos, que possam emprestar para a criança. Se tiver canais adultos, use senha para bloquear o acesso.
  • Monitoramento do que as crianças acessam – Nunca deixe seu filho assistindo televisão ou acessando a internet sozinho, sem supervisão. Caso ele tenha o próprio aparelho, use aplicativos de monitoramento parental.
  • Observe seu filho – Além disso, observar e interpretar o comportamento da criança é fundamental, afinal, por aí é possível identificar quando algo estiver errado. O mesmo vale para a escola, que deve evitar tratar o assunto como tabu.

(Fonte:G1/Crescer)