A Polícia Civil descobriu que, além de falarem sobre planejar ataques a escolas, dois adolescentes de 17 anos investigados em Marabá também citavam a possibilidade de praticarem violência contra crianças e matar animais. A informação foi divulgada à imprensa nesta quinta-feira (28). Ontem, quarta (27), foi informado que o órgão desarticulou um possível plano de ataques a unidades educacionais na cidade.
A investigação começou após a adidância de segurança interna da Embaixada dos EUA identificar conversas suspeitas dos dois em redes sociais. Com base nisso, a Polícia Civil realizou buscas nas residências dos jovens, que são colegas de escola. Durante a operação, foram apreendidas duas espingardas registradas em nome do pai de um dos adolescentes. Aparelhos celulares também foram recolhidos.
Investiga-se, agora, se as ameaças não tinham fundamento ou se havia de fato uma preparação para a execução de um ataque.“As investigações continuam, com a polícia buscando entender o grau de seriedade das ameaças e possíveis envolvidos”, disse o delegado Vinicius Cardoso, superintendente regional da Polícia Civil. Não foi divulgado, até o momento, se os adolescentes foram apreendidos ou não.
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É preciso falar que o caso ocorre em um contexto de crescente preocupação com a segurança escolar no Brasil. Em novembro de 2023, foi lançado o relatório Ataque às escolas no Brasil: análise do fenômeno e recomendações para a ação governamental, elaborado pelo Grupo de Trabalho de Especialistas em Violências nas Escolas, do Ministério da Educação.
O documento aponta que, entre 2002 e outubro de 2023, o Brasil registrou 36 ataques a escolas, que resultaram em 164 vítimas, sendo 49 fatais e 115 feridas. Esses números reforçam a necessidade de ações preventivas e integradas para combater a violência no ambiente escolar.
(Thays Araujo, com informações da Polícia Civil)