Correio de Carajás

Águia vende Evandro para o Clube do Remo

Clube do Remo depositou, na conta do Águia, os mesmos R$ 28 mil que o time marabaense investiu no jogador

Evandro continuará vestindo azul, mas a camisa agora é do Remo/Foto: Sílvio Garrido

Depois das saídas do volante Castro (Ponte Preta) e do meia Adauto (que alegou questões pessoais), o Águia de Marabá também negociou o lateral esquerdo Evandro. Ele foi vendido para o Clube do Remo e já viajou do Acre (onde o time está concentrado) com destino a Belém, de modo que nem enfrentará o Humaitá neste sábado (8), às 18h, pela 12ª rodada da Série D.

Na negociação, que envolveu apenas R$ 28 mil, o Águia não ganhou nada financeiramente, mas obteve ganho técnico com as atuações do atleta durante os três meses e quatro dias em que ele esteve no time.

Em linha direta com este CORREIO, o presidente do Águia, Sebastião Ferreira Neto, o “Ferreirinha”, explicou que, quando Evandro assinou contrato com o Águia, firmou compromisso verbal de que caso aparecesse algum clube de Séries A, B ou C com interesse nele, o recurso investido na contratação seria devolvido.

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“Foi isso o que aconteceu. O que nós gastamos com ele foi 28 mil Reais e o Remo depositou o dinheiro na conta do Águia”, explicou o cartola, ao observar que esse tipo de negociação não e aplica a todos do elenco, não. “Cada jogador tem um tipo de negociação”, frisa o presidente.

Em nota à Imprensa e também nas redes sociais, nesta quarta-feira (5), a Assessoria de Comunicação do Águia informou que o Clube do Remo pagou a multa, e que o atleta já não faz mais parte do elenco do Azulão. “A instituição deseja sorte na carreira e agradece os serviços prestados”, diz a nota oficial.

Uma lacuna a ser preenchida

 

Se, por um lado, a venda de Evandro não implicou em prejuízo financeiro para o Águia, existe o temor de prejuízo técnico, pois a chegada do lateral esquerdo (negociado no dia 31 de março com a Portuguesa Santista-SP) possibilitou dois ganhos para o Azulão: um reforço na lateral e um aproveitamento melhor de Alan Maia, que deixou aquela posição e passou a jogar como armador pelo lado esquerdo.

Com esse setor do campo reforçado pela simbiose entre os dois canhotos, o Águia construiu muitas jogadas e gols importantes, entre eles o tento anotado por Luan Parede na épica semifinal do Parazão, contra o Paysandu, no Mangueirão, que mais tarde resultaria no inédito título paraense.

Agora, cabe ao técnico Mathaus Sodré analisar como vai suprir essa lacuna deixada por Evandro. Ele tanto pode recuar Alan Maia novamente para o setor (apesar de ele não ser um bom marcador) como pode colocar outro jogador naquela posição. Mas quem? Cabe a Mathaus Sodré (e só a ele) decidir.

(Chagas Filho)