Correio de Carajás

Águia foi valente, mas São Paulo está em outro patamar

O Águia foi guerreiro, mas sofreu com a intensidade do São Paulo/Foto: John Wesley

As mais de 20 mil pessoas que estavam no Mangueirão, na noite desta quinta-feira (2), além dos milhares que viram o jogo pela TV, sabiam que era muito, mas muito difícil o Águia arrancar um empatezinho do São Paulo. Com a expulsão de Wander, então, ficou impossível. No final, deu a lógica: 3×1 para o chamado “time grande”. Mas, ao chamado “pequeno”, há valiosas lições a se tirar desse jogo.

Copo meio cheio

A primeira de todas é que, apesar da mudança de peças, com um entra e sai danado no elenco, o Águia foi uma equipe taticamente muito firme. As linhas não se desintegraram em momento algum, mesmo quando estava com um jogador a menos. É claro que o time não atacou e nem poderia. Do outro lado era o São Paulo.

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A velocidade, intensidade e força são valências que jogadores de Série A têm mais do que Série D, de modo que era muito difícil acompanhar as trocas de passe. Sem Wander, expulso a meu ver injustamente, o campo ficou ainda maior e a ladeira mais íngreme. Mas o time competiu.

Braga foi caçado em campo. Talvez tenha sido o jogador que mais sofreu faltas. É sinal de que o recém chegado Zubeldía fez o dever de casa.

Outra coisa importante: num momento em que o futebol brasileiro anda escasso de bons laterais, o Águia mostrou ontem que tanto na direita, com Bruno Limão, quanto na esquerda, com Wender, está bem servido.

Copo meio vazio

Os dois gols de cabeça que o Águia sofreu são um problema que precisa ser corrigido pra ontem por Mathaus Sodré, pois foram muito parecidos com o gol da virada sofrido contra o River, no Piauí. Esse é um problema que tem menos a ver com o adversário e mais a ver com o Águia mesmo.

Por fim, Júnior Dindê precisa ter ao seu lado um volante tão regular quanto ele, porque é nítido que ele é extremamente talentoso e forte para a função, mas até o momento não apareceu ainda outro jogador com desempenho semelhante para dar a consistência que esse meio campo precisa. Quem andou mais perto de firmar nessa posição foi o jovem Patrick, mas ainda lhe falta regularidade.

Segunda-feira tem mais Águia em campo. Agora no Zinho Oliveira, diante do Fluminense (PI), a partir das 20h, pela Série D.

(Chagas Filho)