Chegou o grande dia. Na noite desta quinta-feira, 14, o Águia de Marabá Futebol Clube vai entrar no estádio Zinho Oliveira para uma partida de grande importância do ponto de vista financeiro. Se vencer seu oponente, o Capital, do Tocantins, o time marabaense vai encher os cofres com cerca de R$ 2 milhões, um Pix a ser pago pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol).
Em entrevista na véspera do dia do jogo, o capitão Betão disse que a equipe está preparada, sabe da importância da partida para eles, atletas, para o clube e para a torcida. “Será jogo de casa cheia, mas estamos concentrados para essa batalha”, afirmou.
Ao ser questionado se a vitória por 2 a 0 contra o Caeté torna o Azulão marabaense favorito, ele descartou essa possibilidade: “A vitória contra o Caeté ajuda no psicológico de todos, mas não somos favoritos. Quando a bola rola não tem favorito. Depois da vitória contra o Caeté, estamos confiantes, o que não é a mesma coisa”, disse, respeitando o time adversário.
Leia mais:Até esta segunda fase, o Azulão já garantiu R$ 787,5 mil, pela participação na 1ª fase, e mais R$ 945 mil, pela classificação à fase seguinte do torneio. As equipes entram em campo de olho em uma cota de R$ R$ 2,2 milhões.
O Capital encara a Copa do Brasil pela primeira vez. De cara, a equipe enfrentou o Tocantinópolis e eliminou o rival tocantinense com vitória, por 2 a 1. Capital e Águia de Marabá vão se enfrentar pela 1ª vez na história do futebol.
Diferente da 1ª fase, nesta fase não há vantagem do empate para nenhum dos times, em caso de empate no tempo normal, a decisão será nos pênaltis.
A delegação do Capital já está em Marabá, aonde chegou sem o técnico Ricardo Lima e com outras sete baixas. Sem o técnico Ricardo Lima, expulso na 1ª fase, o auxiliar Thiago Rocha ficará à frente da equipe na área técnica. Também, por expulsão, estão fora Gabriel Eugênio, Hugo e Mailson. Além disso, a comissão técnica não contará com Jander, Alemão, Phedro Lucas e Ítalo, ambos estão em recuperação no departamento médico.
A partida entre Águia de Marabá e Capital será de torcida única. A informação foi confirmada em reunião realizada na tarde desta quarta-feira, 13, contando com a diretoria do Águia, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros no ginásio da escola José Mendonça Vergolino, na Marabá Pioneira.
A reunião foi solicitada pelo comando da Polícia de Eventos da Polícia Militar do Pará, para orientações e prevenção de qualquer possível distúrbio que porventura possa acontecer nessa próxima partida. A ação se mostrou mais importante, principalmente após o evento do último jogo contra o Caeté, em que um jogador disse ter sido alvo de injúria e racismo por parte de um torcedor do Águia.
De acordo com o que foi determinada na reunião, a torcida adversária deve pedir para o clube mandante do jogo, 10% do espaço do estádio onde acontecerá o jogo, no prazo de 72 horas antes da partida.
Entretanto, segundo a diretoria do Águia de Marabá, não houve procura da liderança do time do Capital no período estipulado, segundo declarou o Comandante de Polícia de Eventos da Polícia Militar, tenente-coronel PM Afonso.
“Nosso objetivo aqui é orientar as diretorias e os clubes a entender o que pode ser feito, as premissas e as ações da Polícia de Eventos”, disse ele. “O que a torcida organizada pode ou não fazer, as premissas como por exemplo de ônibus com os jogadores chegarem juntos, algum sinistro. Temos visto muitos casos no Brasil de torcidas organizadas que entram em confronto com o time visitante”, esclareceu.
Questão de ingressos, controle de entrada de torcedores, evasão de renda, gratuidade, tudo isso foi explicado durante a reunião. Uma das orientações é que todo torcedor que entrar no Zinho Oliveira, precisa ter o ingresso em mãos, mesmo que seja gratuidade, idosos e crianças. “É só esclarecer pro torcedor que isso lhe garante até mesmo seu direito do consumidor, por mais que seja cortesia ou vendido, é preciso ter, para entrar no borderô, na contagem final após o jogo”, declarou.