Atletas e comissão técnica do Águia de Marabá estão dispostos a suar pela conquista do Campeonato Paraense 2023 e ficarem marcados na história. Além desta, há uma motivação que também enche os olhos dos jogadores. É a premiação robusta da grande final do 16º Parazão, que ocorre nesta sexta-feira (26). Independente do resultado do jogo, haverá festa no sábado à noite, na Praça São Félix, em Marabá, para celebrar a boa campanha da equipe na competição.
Em entrevista ao Correio de Carajás nesta segunda-feira, 22, o vice-presidente do Águia de Marabá, Pedrinho Correa, afirmou que, no mínimo, R$ 200 mil são garantidos ao time que levar para casa a “Taça Estrela do Norte”.
Na 15ª edição do Campeonato Paraense, o Águia, que ficou na 4ª colocação, recebeu R$50 mil. O primeiro, segundo e terceiro receberam R$200, R$150 e R$100, respectivamente. Apesar de o Governo do Pará ainda não ter estabelecido os valores dos recursos destinados à meritocracia dos quatro primeiros colocados, a lógica é que a quantia aumente, devido ao reajuste.
Leia mais:O Parazão tem R$ 8,3 milhões em verbas do Banpará, Funtelpa e Seel por patrocínio, direitos de televisão e apoio logístico. Assim, o campeonato vem sendo viabilizado há 16 anos.
“A diretoria do Águia já se comprometeu, ainda no início da competição, em repassar o valor integral ao time”, garantiu Pedrinho Correa. Segundo ele, os capitães do time, Axel e Betão, ficaram responsáveis por definir os valores que cada um receberá. Por uma questão de coerência, o treinador recebe uma parcela, seguido pelos demais membros da comissão técnica, jogadores, suplentes, auxiliares, motoristas e cozinheiros. O mesmo aconteceu com a quantia recebida na Copa do Brasil.
Sobre a possível despedida do técnico Mathaus após o Parazão, o vice-presidente reconhece que o assédio externo é grande e natural. Atualmente, todos, incluindo os jogadores em destaque, querem se valorizar e o destino de cada um ainda será definido: “Nenhum jogador deixaria de ir para um time da série A ou B, se essa for a proposta”. No entanto, a multa rescisória para quem sair antes do contrato ser finalizado em setembro deste ano, é de R$200 mil.
Por outro lado, no próximo ano, os jogadores participarão do Campeonato Brasileirão, Copa Verde, Copa do Brasil e Parazão, e terão a possibilidade de ganhar mais dinheiro continuando a jogar no Águia, principalmente levarem a Taça Estrela do Norte.
Segundo Pedrinho, o custo total de folha do Águia, atualmente, é R$300 mil, que incluem salários, aluguéis e alimentação dos atletas e comissão técnica. “O valor é baixo, considerando que em outros times, somente o salário de um treinador custa cerca de R$ 150 mil”.
Aos olhos de Pedrinho, isso é motivo suficiente para valorizar os patrocinadores. Sobre a bilheteria, ele afirma que também é uma fonte de lucro, principalmente com a visibilidade do Águia na temporada atual. (Ulisses Pompeu e Thays Araujo)