Correio de Carajás

Agressão contra a mulher acontece em casa e é cometida por homem

Na região de Marabá, 85% das denúncias por violência contra a mulher apontam que o crime acontece dentro da residência da vítima e, ainda mais grave, em 100% destes casos é cometido pelo companheiro dela. Os dados são das duas centrais do Disque Denúncia Sudeste do Pará e foram divulgados hoje, sexta-feira (11), em decorrência dos 11 anos da Lei 11.340, conhecida como Maria da Penha, completados nesta semana.

O serviço atende a 39 municípios e apenas a central de Marabá já recebeu mais de 20.398 ligações, sendo 12.341 denúncias e 8.057 atendimentos. Neste universo, os crimes de violência contra pessoas alcançam o quarto lugar entre os mais denunciados e dentro dessa classe o crime de violência contra mulher atinge o segundo lugar no ranking.

Por meio do Disque Denúncia Mulher, a central no município aponta em que circunstâncias ocorrem e quem são os responsáveis por estas agressões, sendo que a maior parte ocorre no ambiente em que a mulher deveria estar segura e é cometida por uma pessoa em quem um dia a vítima confiou e com quem mantém laços afetivos.

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Os homens que agridem estas mulheres são maridos, namorados ou parte de relacionamentos já encerrados. Metade das vítimas tem filhos que muitas vezes presenciam as agressões. A maior parte da violência é física, atingindo 90% dos casos, mas também acontece de forma verbal (50%), por meio de ameaças de morte (15%), por cárcere privado (5%) e até sexual (5%). Muitas vezes mais de uma agressão por vez. A violência física é cometida por meio de socos, empurrões, estrangulamento, chutes e uso de armas, como facas, de fogo e até mesmo pedaços de madeira.

Dos Bairros mais denunciados, a Nova Marabá, lidera o ranking com 23% das denúncias. Em seguida aparece um bairro consideravelmente novo, o Cidade Jardim, com 22% do total de chamadas, seguido de São Félix I, Santa Rosa, Murumuru, KM 07 e Bela Vista, cada um com 11%.

No ano passado, a Central de Atendimento à Mulher, da Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres (SPM), registrou em todo o país mais de um milhão de atendimentos, 1.133.345 ao todo. O número foi 51% superior ao ano anterior, 2015, quando foram registrados quase 750 mil.

Em referência ao aniversário da lei, o Instituto Maria da Penha lançou nesta semana os “Relógios da Violência”, com intuito de chamar atenção sobre a gravidade da situação e para os altos índices desta forma de violência. A ação faz uma contagem, minuto a minuto, do número de mulheres que sofrem violência no país. (http://www.relogiosdaviolencia.com.br/)

A lei de combate à violência doméstica contra a mulher foi batizada com o nome de Maria da Penha por conta do caso de uma farmacêutica que sofreu duas tentativas de homicídio praticadas pelo companheiro e permaneceu paraplégica em decorrência do crime. (Luciana Marschall)

 

 

Na região de Marabá, 85% das denúncias por violência contra a mulher apontam que o crime acontece dentro da residência da vítima e, ainda mais grave, em 100% destes casos é cometido pelo companheiro dela. Os dados são das duas centrais do Disque Denúncia Sudeste do Pará e foram divulgados hoje, sexta-feira (11), em decorrência dos 11 anos da Lei 11.340, conhecida como Maria da Penha, completados nesta semana.

O serviço atende a 39 municípios e apenas a central de Marabá já recebeu mais de 20.398 ligações, sendo 12.341 denúncias e 8.057 atendimentos. Neste universo, os crimes de violência contra pessoas alcançam o quarto lugar entre os mais denunciados e dentro dessa classe o crime de violência contra mulher atinge o segundo lugar no ranking.

Por meio do Disque Denúncia Mulher, a central no município aponta em que circunstâncias ocorrem e quem são os responsáveis por estas agressões, sendo que a maior parte ocorre no ambiente em que a mulher deveria estar segura e é cometida por uma pessoa em quem um dia a vítima confiou e com quem mantém laços afetivos.

Os homens que agridem estas mulheres são maridos, namorados ou parte de relacionamentos já encerrados. Metade das vítimas tem filhos que muitas vezes presenciam as agressões. A maior parte da violência é física, atingindo 90% dos casos, mas também acontece de forma verbal (50%), por meio de ameaças de morte (15%), por cárcere privado (5%) e até sexual (5%). Muitas vezes mais de uma agressão por vez. A violência física é cometida por meio de socos, empurrões, estrangulamento, chutes e uso de armas, como facas, de fogo e até mesmo pedaços de madeira.

Dos Bairros mais denunciados, a Nova Marabá, lidera o ranking com 23% das denúncias. Em seguida aparece um bairro consideravelmente novo, o Cidade Jardim, com 22% do total de chamadas, seguido de São Félix I, Santa Rosa, Murumuru, KM 07 e Bela Vista, cada um com 11%.

No ano passado, a Central de Atendimento à Mulher, da Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres (SPM), registrou em todo o país mais de um milhão de atendimentos, 1.133.345 ao todo. O número foi 51% superior ao ano anterior, 2015, quando foram registrados quase 750 mil.

Em referência ao aniversário da lei, o Instituto Maria da Penha lançou nesta semana os “Relógios da Violência”, com intuito de chamar atenção sobre a gravidade da situação e para os altos índices desta forma de violência. A ação faz uma contagem, minuto a minuto, do número de mulheres que sofrem violência no país. (http://www.relogiosdaviolencia.com.br/)

A lei de combate à violência doméstica contra a mulher foi batizada com o nome de Maria da Penha por conta do caso de uma farmacêutica que sofreu duas tentativas de homicídio praticadas pelo companheiro e permaneceu paraplégica em decorrência do crime. (Luciana Marschall)