Está marcada para o próximo dia 7 de agosto a audiência de instrução e julgamento do agente de trânsito Diógenes dos Santos Samaritano, acusado de assassinar a própria esposa, Dayse Dyana Sousa e Silva, de 35 anos, na cidade de Parauapebas. A audiência será realizada na 1ª Vara Criminal, a partir das 9 horas da manhã.
Conforme amplamente divulgado por este CORREIO, Dayse Dyana foi jogada da janela do segundo piso da casa em que morava com o acusado, na Rua Canindé, Bairro Parque dos Carajás, em Parauapebas. O caso aconteceu na manhã de domingo de 31 de março e chocou não apenas Parauapebas, mas também Marabá, onde vítima e acusado eram bastante conhecidos.
Preso em flagrante, Samaritano chegou a ficar na Carceragem do Rio Verde, lá mesmo em Parauapebas, mas depois foi encaminhado para o Centro de Recuperação Especial Anastácio das Neves (CRECAN), onde está custodiado até hoje. Agora ele terá de ser deslocado para Parauapebas a fim de que possa sentar de frente para o juiz Ramiro Almeida e finalmente dar sua versão sobre os terríveis fatos.
Leia mais:De acordo com o advogado Ricardo Moura, que atua no caso como assistente de acusação, as primeiras pessoas a serem ouvidas, além de Samaritano, serão as testemunhas de acusação. Chama atenção o fato de que até agora a defesa de Samaritano não arrolou nenhuma testemunha.
Ainda segundo Ricardo Moura, depois de ouvir todos os envolvidos no crime, o juiz deverá pedir que sejam realizadas as diligências faltantes para dar prosseguimento aos outros passos do processo até chegar à audiência de pronúncia, que é quando ao Poder Judiciário decidirá se Samaritano irá ou não ao banco dos réus.
No tocante às diligências que ainda não foram realizadas, o advogado chama atenção para o fato de que até agora o Centro de Perícias Científicas (CPC) Renato Chaves de Marabá ainda não inseriu o laudo necroscópico da vítima nos autos do processo. Da mesma forma, ainda não foi apresentado o laudo do local de crime, documentos considerados cruciais para formação do conjunto probatório. “A família (da vítima) não sabe o porquê da demora”, observa Ricardo.
SAIBA MAIS
Embora Samaritano tenha alegado no dia da morte de Dayse que a vítima havia se jogado da janela, os peritos do CPC deixaram claro que não foi suicídio. “Iniciando os exames de praxe a gente percebeu que, na realidade, não era uma cena de suicídio, mas sim uma cena repleta de sinais de luta corporal, com muito sangue, uma cena de bastante violência… No corpo da vítima nós tínhamos vários elementos indicativos de agressões e que realmente não se tratava de uma precipitação, ou seja, ela não se jogou; não se tratava de um suicídio”, declarou, na época, o perito Pablo Castro.
(Chagas Filho)