Em uma ação cercada de sigilo, policiais da Delegacia de Conflitos Agrários (DECA) de Marabá prenderam o agente do Departamento Municipal de Trânsito e Transporte Urbano (DMTU), Roberto Silveira da Silva, na manhã de ontem (27). O agente Silveira é acusado de participar da execução do sindicalista Antônio Marcos Damasceno Reis, crime ocorrido em 9 de agosto de 2018 e noticiado em primeira mão pelo CORREIO.
A Prisão Temporária foi decretada pelo Juiz Alexandre Hiroshi Arakaki, da 3ª Vara Criminal de Marabá, como parte da Operação Judas. O agente foi apresentado na 21ª Seccional Urbana de Polícia Civil, mas o delegado titular da DECA, Waney França, não deu detalhes sobre o caso, alegando que qualquer informação repassada para a Imprensa neste momento pode atrapalhar o restante das investigações.
A explicação do delegado faz todo sentido, pois o crime foi praticado por dois pistoleiros. Ou seja, pelo menos mais um acusado de envolvimento no crime ainda está solto. Sem contar com um o possível mandante ou mandantes.
Leia mais:Na época do crime, testemunhas disseram para a Polícia Militar que dois homens altos e fortes invadiram a sede do Sindicato Intermunicipal dos Agricultores Familiares e Empreendedores Rurais no Município de Marabá (SIAFER). Armados, os elementos anunciaram o assalto, mas o que eles queriam roubar não era dinheiro: era a vida do sindicalista.
Ainda de acordo com as testemunhas, um dos bandidos perguntou quem era Antônio Marcos, o qual se identificou e foi levado, aos empurrões, para o quintal da sede do sindicato. Enquanto isso, o outro pistoleiro ficou mantendo as seis pessoas que estavam na sala como reféns, empunhando uma arma e mandando todos abaixarem a cabeça e permanecerem calados.
Logo em seguida – relatam as testemunhas – foram ouvidos três disparos. Depois disso, o pistoleiro voltou do quintal e fugiu junto com o comparsa. As testemunhas não sabem dizer se os bandidos estavam de moto ou de carro. O que sabem é que, ao correrem para os fundos do prédio, encontraram Antônio Marcos já sem vida, caído no chão.
Diante disso, eles telefonaram para Núcleo Integrado de Operações Policiais (NIOP-190) e informaram o que havia acabado de acontecer. Imediatamente o NIOP acionou a guarnição da Polícia Militar que estava mais próxima do sindicato para se dirigir até o local.
Quando a viatura conduzida pelo cabo Santos e o soldado Jony chegou à sede do sindicato, os militares confirmaram a veracidade da denúncia, isolaram o local do crime e acionaram a Polícia Civil, através do Departamento de Homicídios, e também o Instituto Médico Legal (IML) para proceder as devidas perícias.
De acordo com informações obtidas pela reportagem do Jornal CORREIO, junto ao IML, Antônio Marcos foi alvejado realmente por três disparos de pistola (possivelmente calibre 380). Dois tiros lhe atingiram nas costas e um terceiro – de misericórdia – perfurou a cabeça.
Saiba mais
Na época do crime, testemunhas disseram para a Polícia Militar que dois homens altos e fortes invadiram a sede do Sindicato Intermunicipal dos Agricultores Familiares e Empreendedores Rurais no Município de Marabá (SIAFER). Armados, os elementos anunciaram o assalto, mas o que eles queriam roubar não era dinheiro: era a vida do sindicalista.
(Chagas Filho)