Correio de Carajás

Advogados de Marabá acompanham foragidos de presídio de Mossoró

Agentes da GPI - unidade de elite da PF – chegaram no meio da tarde de hoje para auxiliar na transferência dos presos de volta ao presídio de segurança máxima, em Mossoró

Flávia Fróes: a “advogada do tráfico”, do Rio de Janeiro, contratou advogados de Marabá para acompanhar a transferência dos presos - (Reprodução/Facebook)

Os advogados de Marabá, Diego Adriano Freires e Magdenberg Teixeira estão nesse momento realizando atendimento aos foragidos de Mossoró, na sede da Polícia Federal de Marabá, na Folha 17.

No primeiro momento, os dois advogados informaram apenas que foram contratados pela advogada Flávia Frós, do Rio de Janeiro, para acompanhamento da transferência dos foragidos Deibson Cabral Nascimento, de 33 anos, e Rogério da Silva Mendonça, de 36, de volta para Mossoró.

Flávia Pinheiro Fróes tem 20 anos de advocacia criminal no currículo e ficou conhecida por defender líderes de facções como Marcinho VP e Fernandinho Beira-Mar, ambos do Comando Vermelho. Flávia se diz antipunitivista e contra a criminalização das drogas.

Leia mais:

Agentes da GPI – unidade de elite da PF – chegaram no meio da tarde de hoje para auxiliar na transferência dos presos. Essa equipe atua em operações de alto risco que exigem expertise em ações táticas e inteligência policial.

Dinheiro, celulares e um fuzil foram apreendidos nos carros onde estavam os dois fugitivos do presídio federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, segundo informações da Polícia Rodoviária Federal e da Polícia Federal. Eles foram recapturados nesta quinta-feira (4), em Marabá.

Celulares, dinheiro e fuzil encontrado com fugitivos de Mossoró em cima da ponte rodoferroviária, em Marabá — Foto: Reprodução/PRF

Além dos fugitivos, outros quatro homens foram presos. Eles faziam parte do comboio de três carros que fazia uma espécie de escolta da dupla foragida de Mossoró. A abordagem ocorreu na Ponte Rodoferroviária sobre o Rio Tocantins, na BR-222, e foi feita neste local para evitar que eles fugissem pelo rio.

Nos veículos, foram encontrados dinheiro em espécie, cartões de crédito, fuzil, munições e oito celulares, – três deles estavam sendo monitorados pela inteligência da PF do Rio Grande do Norte.

“Estavam em um verdadeiro comboio do crime. Foram apreendidos 3 carros e diversas armas”, disse o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, sobre as circunstâncias da prisão da dupla. “Obviamente, foram ajudados por criminosos externos e tiveram auxílio de seus comparsas e organizações criminosas”.

Segundo o ministro, as investigações apontam que os dois iriam fugir para fora do Brasil. Agora, eles serão levados de volta para o presídio de Mossoró, que teve a segurança reforçada e a direção trocada.

A distância entre Mossoró e Marabá é de 1.600 km. Um trajeto em “linha reta” entre as duas cidades passa por pelo menos cinco estados: além de Pará e Rio Grande do Norte, também por Ceará, Piauí e Maranhão – e, a depender do trajeto, pelo Norte do Tocantins.

Inquérito da Polícia Federal apontou que os dois receberam ajuda de uma rede de apoio mobilizada pelo Comando Vermelho, facção criminosa a qual eles são integrantes no Acre. Os dois atravessaram três Estados – Ceará, Piauí e Maranhão – para chegar ao Pará, incluindo uma viagem de barco. (Ulisses Pompeu e Thays Araujo)