Correio de Carajás

Advogado diz que houve 8 tiros durante passeio de lancha em que jovem morreu em Belém

Advogado de Euler Cunha, médico legista que estava na lancha, afirmou que havia duas armas a bordo e que dois tiros partiram da arma pertencente a Euler. Caso ainda não tem respostas.

O médico legista Euler Cunha prestou o segundo depoimento à Polícia nesta quarta-feira (29) sobre o caso de Yasmin Macêdo, jovem estudante de medicina veterinária que morreu durante um passeio de lancha no dia 12 de dezembro em Belém. De acordo com o advogado de Euler, o médico estava armado e assume ter efetuado dois disparos com a própria arma de dentro da lancha.

Desta vez, segundo Marco Pina, novo advogado de Euler, o legista depôs na condição de suspeito e não mais como apenas testemunha, como já havia sido feito no último dia 20.

“Ele foi ouvido como suspeito e interrogado. Mudou a condição, ele foi qualificado e outras pessoas também serão suspeitas”, contou Marco Pina.

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As investigações estão tomando outro rumo, já que as 18 testemunhas começaram a ser ouvidas pela segunda vez na Divisão de Homicídios, da Polícia Civil, responsável pelo caso.

Segundo a Polícia Civil, ainda havia confusão entre os depoimentos colhidos até então. Também não se sabe ainda se a morte foi acidental ou se existe um crime por trás.

O desaparecimento da jovem de 21 anos, estudante de medicina veterinária, ocorreu no dia 12 de dezembro, quando ela estava com os algumas pessoas em uma lancha no rio Maguari, em Belém. O corpo foi encontrado na tarde do dia seguinte pelos bombeiros.

O advogado de Euler ainda informou que, no depoimento, o médico relatou haver mais uma arma a bordo e que oito tiros foram efetuados de dentro da lancha por volta das 20h daquela noite, sendo dois da própria arma de Euler e seis disparados da segunda arma por outras duas pessoas.

“Ele entregou a arma na última sexta-feira (24) e entregou o celular hoje para a polícia e para a perícia”, completou Marco Pina sobre os pertences do depoente.

Além disso, o advogado pontuou que o legista comentou sobre uma outra lancha ter encostado, durante cerca de 15 minutos, na que estava junto com Yasmin. Por isso, ainda segundo ele, a Polícia Civil poderá intimar o dono do outro veículo marítimo.

Marco Pina também apontou que o médico não possuía relacionamento íntimo com a vítima, mas que tinham amigos em comum, por isso estavam no mesmo passeio.

A Polícia Civil ainda aguarda o resultado dos laudos toxicológicos, solicitados pela defesa da família de Yasmin, e o laudo pericial do corpo. O prazo para entrega é até esta sexta-feira (31).

Entenda o caso

 

Yasmin Macêdo, de 21 anos, morreu em Belém durante passeio de lancha. — Foto: Reprodução / TV Liberal
Yasmin Macêdo, de 21 anos, morreu em Belém durante passeio de lancha. — Foto: Reprodução 

O desaparecimento da jovem foi próximo a um flutuante usado como restaurante, quando ela estava com os amigos em uma lancha. Ela tinha saído com eles horas antes para um passeio.

A suspeita é que ela tenha desaparecido por volta das 22h30 de 12 de dezembro. A mãe disse que foi informada pouco após as 23h. O piloto da lancha registrou boletim de ocorrência por volta das 5h da manhã do dia seguinte (13), dizendo que a jovem desapareceu enquanto nadava.

O corpo foi encontrado na tarde de segunda-feira (13) pelos bombeiros. Os locais onde ela desapareceu e onde o corpo foi localizado ficam distante cerca de 10 minutos da marina, onde o barco fica ancorado, no bairro do Tenoné, em Belém.

“Todos os procedimentos cabíveis estão sendo realizados, inclusive a requisição para o exame necroscópico, que apontará as causas da morte da jovem”, informou a polícia.

(Fonte:G1)