Em contato direto com este CORREIO, o advogado Cândido Júnior, que acompanha o caso das mortes de três jovens em Novo Repartimento, falou sobre a decretação da prisão dos seis indígenas investigados pelo crime. Cândido Júnior foi constituído pelas famílias das vítimas.
Na avaliação dele, o inquérito da Polícia Federal, baseado no qual o Ministério Público pediu a prisão dos seis indígenas, foi muito bem elaborado.
O advogado observa que o próximo passo agora é aguardar que o processo siga o rito natural, que é chegar ao Tribunal do Júri, para que a sociedade possa decidir se os acusados são culpados ou não pela atrocidade ocorrida na Terra Indígena Parakanã, onde ocorreu o crime.
Leia mais:“A Justiça deu um passo enorme com essa decretação da prisão e há uma esperança de que a Justiça seja feita neste caso. Estamos acompanhando, estamos diligentes para que seja dada uma resposta para a sociedade”, afirma Cândido Júnior.
Os indígenas cuja prisão foi decretada são Carakaxa Parakanã, Warera Parakanã, Wyraporona Parakanã, Aramaxoa Parakanã, Tapuxaira e Atyoa ou Ation. Os três rapazes entraram na reserva para caçar no dia 24 de abril de 2022 e seus corpos foram encontrados em cova rasa seis dias depois.
O triplo assassinato teve grande comoção e gerou protestos, interdição da BR-230 (Transamazônica) e até mesmo perseguição contra indígenas. Até hoje não está exatamente explicado o que motivou o brutal assassinato.
(Chagas Filho)
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