Trabalhando sempre com a tese de negativa de autoria, os advogados que atuam na defesa de Maria da Paz Ferreira, a Da Paz, devem ingressar com pedido de habeas corpus ainda esta semana. Da Paz é acusada de envolvimento no assassinato do empresário Edilson Pereira de Sousa e foi presa semana passada junto com mais seis pessoas, tendo uma filha dela e dois netos entre os suspeitos.
Um dos advogados de Da Paz é o experiente Odilon Vieira, junto com Diego Adriano. Ele confirmou, no final da tarde desta segunda-feira (4) que somente nessa data teve acesso aos autos e que já começaria a trabalhar ontem mesmo na formulação do habeas corpus.
Da Paz foi presa em Marabá, mesma cidade em que também foram presos Mateus Mendes e Alanna Camila Macedo Vieira. A reportagem ainda não teve acesso aos advogados desses dois.
Leia mais:Além deles, foram presos Oinotna Silva Ferreira, filha de Da Paz; e Gabryella Ferreira Bogéa, a Gaby; filha de Oinotna, ambas em Foz do Iguaçu (PR); Rafael Ferreira de Abreu, irmão de Gaby, em Goiânia (GO); e Bruno Glender, que seria namorado de Gaby, em Imperatriz (MA).
Esses cinco ainda não foram recambiados para Marabá e tampouco nos foi informado quem serão seus advogados. É possível que, por serem da família de Da Paz, os presos Gaby, Oinotna e Rafael também sejam defendidos por Odilon Vieira e Diego Adriano, mas essa informação não foi confirmada por Odilon, durante rápida conversa telefônica com nossa reportagem no final da tarde de ontem.
O crime
Edilson Pereira de Sousa teve o corpo encontrado boiando nas águas do Rio Itacaiúnas, em Marabá, no dia 15 de abril deste ano. As investigações conduzidas pelo delegado Marcelo Delgado levaram a polícia aos sete acusados e a motivação do crime seria uma dívida de R$1,9 milhão em joias de ouro que alguém da família de Da Paz tinha com a vítima.
Presos temporariamente por 30 dias (inicialmente), os acusados devem responder – cada um dentro de sua parcela – por homicídio qualificado, associação criminosa e roubo. O caso teve ampla repercussão devido os envolvidos serem muito conhecidos em Marabá. Mais gente pode estar envolvida. (Chagas Filho)