Durante a Semana Mundial do Sono, o Geraldo Lorenzi Filho, diretor do Laboratório do Sono do InCor, compartilhou informações cruciais sobre a “higiene do sono” em entrevista à CNN Brasil. O especialista enfatizou que, embora haja variações individuais, os adultos necessitam, em média, de pelo menos seis horas de sono por dia.
Lorenzi explicou que a quantidade ideal de sono pode variar de pessoa para pessoa, citando exemplos históricos: “Thomas Edison, que inventou a lâmpada elétrica, dizia que quem dorme mais que quatro horas é um preguiçoso. Einstein falava que se ele não dormisse dez horas, a cabeça dele não funcionava direito”.
Apesar dessa variabilidade, o médico alertou que a sociedade atual enfrenta uma restrição generalizada de sono, principalmente devido ao uso excessivo de dispositivos eletrônicos e exposição à luz artificial. Segundo estudos epidemiológicos, sete horas de sono seriam o ideal para a maioria dos adultos.
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O especialista destacou que a privação crônica de sono pode ter consequências sérias para a saúde e o bem-estar. “Se eu te tirar quinze minutos de sono todos os dias, você não percebe. E aí você começa a ficar cansado, começa a ficar mal humorado e isso vai se acumulando”, alertou Lorenzi.
Ele também chamou a atenção para o padrão de “restrição e recuperação” que muitas pessoas adotam, dormindo pouco durante a semana e tentando compensar nos fins de semana. No entanto, Lorenzi enfatizou que essa estratégia não é eficaz: “A gente não recupera totalmente. Do mesmo jeito você ficar um dia sem comer, você não vai descontar tudo no dia seguinte, não funciona assim”.
O médico recomendou manter uma quantidade de sono relativamente estável ao longo da semana, com apenas pequenas variações. Ele também observou que, com o avanço da idade, torna-se ainda mais difícil “recuperar” o sono perdido, reforçando a importância de estabelecer hábitos saudáveis de sono desde cedo.
(Fonte:CNN Brasil)