Adolescente grávida acaba no hospital ao ser espancada pelo companheiro

Uma adolescente de 17 anos foi parar no hospital ao ser vítima de agressões físicas praticadas pelo companheiro, Donizete Barros de Sousa, de 39 anos, no setor Aeroporto, em São Domingos do Araguaia. Agravando a situação, a vítima está grávida.

Ainda internada no Hospital Municipal de São Domingos do Araguaia, a adolescente conversou com o Correio de Carajás. Debilitada, com um olho semi aberto e roxo por causa das agressões e em cima de um leito, ela contou como a discussão teria começado.

“Era por volta das 21h do domingo (21) e já estávamos deitados quando eu disse a ele que queria ir embora por causa da mãe dele, que não me quer na casa. Nisso, ele já começou a gritar falando que eu estava querendo ficar com outra pessoa. Daí ele me deu uns socos e um empurrão que fez com que eu caísse da cama, batesse a cabeça e minhas vistas escurecerem”, relatou.

Ainda de acordo com a adolescente, a sequência de agressões continuaram até a rua e só terminaram após a intervenção de uma terceira pessoa. “Ele continuou me agredindo até me jogar pra fora de casa. Lá na rua eu comecei a gritar pedindo socorro e corri pra casa de um vizinho”.

Nesse momento, relata, Donizete teria dito pro vizinho que ele não se metesse, pois se tratava de “briga de casal”.

Ela ainda disse à reportagem que, no interior da residência, ele teria se armado com uma faca e a ameaçado. “Ele me levou a força pra dentro de casa e pegou uma faca pra me ferir, foi quando um irmão dele ouviu os meus gritos e entrou no meio pra intervir. Nesse momento eu corri pra casa do vizinho”, informou, ressaltando que o vizinho lhe deu abrigo e ligou para a polícia.

Ao comparecerem ao local, os homens da Polícia Militar detiveram o agressor e prestaram socorro à vítima, que prestou depoimento e posteriormente foi encaminhada ao Hospital Municipal. O agressor permanece preso.

Questionada sobre quanto tempo estavam juntos, ela contou que foi morar com o homem quando tinha apenas 14 anos. Disse, ainda, estar no início de uma gravidez.

O caso foi acompanhado pelo Conselho Tutelar, que garantiu a proteção da adolescente e adotou medidas de assistência e acompanhamento. As autoridades reforçam a importância da denúncia em situações de violência contra crianças e adolescentes. Qualquer cidadão pode acionar o Disque 100 ou procurar diretamente os órgãos de segurança pública e de proteção.