A Polícia Civil iniciou investigações para tentar elucidar a morte de um adolescente de 16 anos, morto a pedradas na madrugada de ontem, domingo, 2, em Parauapebas. O corpo do adolescente, identificado como Carlos Henrique Barbosa Silva, foi encontrado pela manhã em um terreno baldio atrás do cemitério localizado na rodovia Faruk Salmen.
De acordo com a Polícia Militar, por volta de 7 horas, populares ligaram para o Centro de Controle de Operações (CCO) informado que tinha um corpo atrás do cemitério. Uma equipe do Grupamento Tático (GTO) foi ao local e constatou a veracidade.
O adolescente foi morto a pedradas. Ele estava de peito para cima e com a calça e cueca abaixadas até a altura dos joelhos. Os primeiros levantamentos feitos no local de crime mostram que o jovem foi atacado próximo ao cemitério e depois arrastado por cerca de 200 metros até a área onde foi deixado sem vida.
Leia mais:Segundo o delegado Nelson Alves Júnior, que está conduzindo as investigações, a família e amigos de Carlos Henrique, que morava na Vila Cedere I, zona rural de Parauapebas, informaram que ele foi à cidade para uma festa, acompanhado de dois amigos, e esta seria a primeira festa que o jovem participava.
Segundo os amigos que estavam com ele, que não tiveram o nome revelado, entre 3h e 4h, a vítima saiu da festa e não voltou mais. Eles procuraram pelo adolescente, mas não o acharam e deduziram que talvez ele tivesse voltado para casa, mas estranharam porque Carlos não tinha transporte e estava de carona com eles.
Os dois amigos voltaram para a vila e pela manhã, após as fotos do cadáver encontrado atrás do cemitério começar a circular pelos grupos de WhatsApp, reconheceram pela roupa e a tatuagem que se tratava do amigo deles. De acordo com o delegado, é estranho o fato de o jovem estar com as calças e cueca abaixadas.
Nelson Júnior adiantou que tudo indica que o adolescente foi até aquele local espontaneamente na companhia provavelmente de uma mulher para manter relação sexual e pode ter sido surpreendido pelo namorado ou companheiro dela, que o agrediu até a morte, com pedradas na cabeça.
“Nós vamos aguardar os laudos necroscópicos para saber se ele teve outras lesões, além das que estavam evidentes na cabeça, para embasarmos nossas investigações, mas tudo aponta que o jovem foi até aquele local acompanhado de uma pessoa. Ele não ia até lá sozinho”, supõe o delegado, observando que esse local não fica muito perto da festa onde o jovem estava.
Nelson Júnior também adiantou que vai ouvir os seguranças da festa para saber se estes viram o jovem saindo com alguém e quem era, assim como outras pessoas que estavam no local, para buscar elementos que possam montar o quebra cabeça na elucidação da morte do adolescente.
Segundo informações de pessoas que moram naquela área, o local próximo ao cemitério seria usado por casais, principalmente de adolescentes, para manter relação sexual por ser um local escuro. (Tina Santos – com informações de Ronaldo Modesto)