Correio de Carajás

Adepará estabelece normas para proteção dos polos cítricos paraenses

Foto: Ascom Adepará

O Estado Pará é uma grande potência no agronegócio brasileiro, e vem ganhando mercado internacional com a qualidade de sua produção de frutas cítricas. Agregado ao status sanitário de área livre de pragas quarentenárias de citros,  que é um grande atrativo para novos investidores do setor produtivo, o Estado se tornou em poucos anos o terceiro em produção de limão e o sétimo em laranja, e o trabalho da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) é fundamental para garantir a sustentabilidade sanitária dessa cadeia produtiva, mantendo assim os polos cítricos livres de pragas como: o cancro cítrico, a pinta preta e o greening, principais doenças que podem prejudicar a economia da cadeia.

Assim, a Agência estabeleceu normas para o trânsito no território paraense de mudas, plantas ou qualquer outro material vegetativo hospedeiros dessas pragas vindo de outros Estados. Na portaria nº 6.142/2023, publicada no último dia 02 de janeiro, no Diário Oficial, a Adepará determina que seja solicitado com 60 dias de antecedência o ingresso desses materiais, além de que devem estarem acompanhados da Nota Fiscal, do Atestado de Origem Genética ou Certificado de Mudas ou Termo de Conformidade do Boletim de Análise de Mudas e da Permissão de Trânsito Vegetal (PTV).

“Esta portaria é uma continuidade do trabalho de defesa que a Adepará desenvolve, essencial para mantermos a produção citrícola paraense livre de pragas quarentenárias, pois é fonte de emprego e renda, contribuindo assim, com o desenvolvimento econômico do Estado”, ressaltou o diretor-geral da Adepará, Jamir Macedo.

Leia mais:

Caso o transporte seja de frutas frescas, a Adepará orienta que a mercadoria esteja acompanhada da Permissão de Trânsito Vegetal, fundamentada no Certificado Fitossanitário de Origem (CFO) e da Nota Fiscal.

“O Estado possui status de área livre de pragas quarentenárias para citrus, e este status é determinante para a sustentabilidade da citricultura paraense. Esse potencial de status livre precisa ser defendido pela Agência e a portaria é mais uma ferramenta que vem contribuir com o trabalho da defesa agropecuária para coibir a entrada dessas pragas”, comentou Cléber Sampaio, gerente do Programa Sementes e Mudas da Adepará.

Os polos cítricos estão localizados nas regiões Nordeste e Oeste do Estado, nos quais fazem parte os municípios de Capitão Poço, Irituia, Ourém, Garrafão do Norte e Nova Esperança do Piriá, Monte Alegre, Prainha, Alenquer, Santarém e Mojuí dos Campos. E nesses locais, a Adepará proibiu a entrada de qualquer material vegetativo oriundos de localidades contaminadas, segundo a portaria.

Cadastramento – Para que os polos mantenham o status de áreas livres do cancro cítrico, além do trabalho de fiscalizações de trânsito, que serão intensificadas pela Adepará, as revendedoras de plantas e mudas precisam se cadastrar junto à Agência. Para isso, basta o proprietário comparecer à uma unidade regional mais próxima e realizar o cadastramento.

(Agência Pará)