A Adepará fomenta o avanço do agronegócio paraense estimulando à regularização de agroindústrias processadoras de produtos de origem vegetal e animal. A Agência observa que o passo decisivo para o produtor sair da informalidade é adquirir o registro junto ao órgão oficial, que é a própria Agência de Defesa Agropecuária do Estado. O órgão oficial de defesa agropecuária frisa que a principal vantagem para o produtor é colocar no mercado um produto inspecionado, que não representa risco à saúde e poderá ser comercializado em todo o território paraense.
O registro de estabelecimentos processadores de produtos artesanais, de origem animal e vegetal pela Adepará foi tema de uma palestra ministrada por fiscais estaduais agropecuários da Adepará, nesta quinta-feira (20), na XV Feira da Indústria do Pará (FIPA 2022), que seguirá até este sábado (22), no Hangar Centro de Convenções da Amazônia.
O médico veterinário Marcos Braga Alves, gerente de carnes e derivados da Adepará, abordou a área de inspeção animal e mostrou o cenário do agronegócio no Pará, onde existe grande produção de produtos cárneos, de aves, pescados, leite e de ovos. Só para se ter uma ideia, cerca de 2 bilhões de quilos de produtos cárneos foram produzidos no Pará pelos estabelecimentos registrados na Agência.
Leia mais:De acordo com o gerente, o maior interesse da Agência é fazer com que o produtor saia da informalidade e isso é possível a partir do registro. “Hoje temos vários tipos de estabelecimentos registrados conosco tanto na parte industrial quanto artesanal. Temos grandes laticínios e unidades de beneficiamento de carnes, pescado, granjas avícolas. Hoje a gerência de produtos de origem animal artesanal está conseguindo abranger mais de um terço do território estadual dando suporte ao pequeno produtor que está nos procurando querendo legalizar a sua produção. De janeiro até agora visitamos mais de 50 municípios do estado e atendemos mais de 90 produtores, levando informações e fomentando essa fatia do mercado”, ressaltou.
O beneficiamento de produtos de origem vegetal e a emissão do selo artesanal vegetal foi abordado pelo fiscal estadual agropecuário Wilson Saraiva Silva, gerente de produtos de origem artesanal vegetal da Adepará. Ele explicou sobre o selo vegetal artesanal para as agroindústrias de polpa de frutas, sucos e derivados da mandioca e destacou o manual de registro e os documentos necessários para que os produtores possam adquirir o registro junto a Adepará.
Hoje, o Pará é o único Estado do país que fornece o registro artesanal para estabelecimentos que processam produtos artesanais de origem vegetal e isso, segundo a Adepará, impulsionou a legalização de estabelecimentos que agora podem comercializar seus produtos em todo o território paraense. Além disso, a certificação promove a abertura de novos mercados para os produtos regionais.
Até este sábado (22), último dia da FIPA, a Agência apresentará no estande do governo estadual os produtos certificados produzidos por agroindústrias regionais, principalmente, da cadeia da mandioca e queijos artesanais marajoaras. A Adepará fará inclusive atividades de educação sanitária referentes aos serviços de certificação e inspeção dos itens de origem animal e vegetal. (Rosa Cardoso – Adepará)