Correio de Carajás

Acusados de duplo homicídio enfrentam júri popular em Ourilândia do Norte

Acusados de duplo homicídio enfrentam júri popular em Ourilândia do Norte

Começou na manhã desta quinta-feira, 14, o julgamento de três acusados de envolvimento nas mortes de Chris Christoferson Andrade de Oliveira e Nerielson Borges de Carvalho, ocorridas na zona rural do município de Ourilândia do Norte, sudeste do Pará.

Narielson Borges e Christoferson foram mortos a tiros e tiveram os corpos carbonizados

Estão sendo julgados César Duarte Santiago e os irmãos Natanael Rosa de Barros e Moisés Rosa de Barros. César, quando foi preso, confessou ter participado do assassinato as duas pessoas foram baleadas e carbonizadas dentro de um automóvel, na região da Placa da Bateia, em 6 de agosto de 2015, em Ourilândia do Norte.

De acordo com as investigações, o mentor do crime é o mesmo acusado da chacina da Fazenda Alana, José Vieira de Mattos. José Viera foi condenado no ano passado no Fórum Criminal de Marabá a 60 anos de prisão por envolvimento no crime que deixou quatro pessoas mortas em 8 de outubro de 2015, também no município de Ourilândia do Norte. Ou seja, em menos de três meses, o fazendeiro é acusado de ser o mandante de seis mortes.

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DUPLO HOMICÍDIO

Todas as armas de fogo utilizadas no crime foram encontradas, além das carteiras e dos celulares das vítimas carbonizadas. A motocicleta roubada e a motocicleta de um dos funcionários da fazenda também foram encontradas.

De acordo com as investigações, Chris Christoferson e seu amigo Nerielson foram mortos porque foram cobrar uma dívida de R$ 25 mil que José Vieira os devia de uma quantidade de sal que ele tinha comprado de Nerielson. Além de mortos, os corpos foram carbonizados dentro do próprio carro das vítimas, que só foram identificadas através de DNA.

Policiais militares fazem a segurança do Tribunal de Júri

Antes de começar a sessão do Tribunal de Júri, os familiares das vítimas se reuniram em frente ao Fórum pedindo por justiça. “A gente não consegue expressar direito o que estamos sentindo neste momento. É uma dor que não passa e tudo o que nós queremos é que a justiça seja feita. Eu perdi meu filho e essa dor não vai passar nunca. Espero que o resultado de hoje seja ao menos um conforto de saber que eles serão condenados e que não serão soltos para cometer outros crimes”, clamou Raimunda Alves de Andrade, mãe de Chis Chistoferson. (Tina Santos)