Correio de Carajás

Acusado escapa de dois julgamentos em um mês

Acusado escapa de dois julgamentos em um mês

No dia de ontem (9) estava previsto para acontecer sessão do Tribunal do Júri do ex-militar do Exército, Manoel Pereira da Silva Filho, acusado do assassinato de Francielton de Lira Rocha, de 29 anos. Ocorre que o Ministério Público entendeu ser imprescindível a presença de uma testemunha: a delegada Raissa Beleboni, que atualmente mora em Santarém, e que deveria substituir outra testemunha. Mas não houve tempo para contatar a policial.

Diante da impossibilidade do comparecimento de Raissa Beleboni, que iniciou a investigação do crime na época, uma nova data para o julgamento de Manoel foi marcada para o dia 10 de dezembro, às 8h30 da manhã. A defesa do réu foio feita pelos advogados Odilon Vieira Neto e Arnaldo Ramos Júnior.

“Sendo a testemunha imprescindível, o Código de Processo Penal… prevê a possibilidade de adiamento, o que se faz necessário, inclusive para a expedição dos documentos necessários para a oitiva de videoconferência da testemunha em substituição”, declarou o juiz Alexandre Hiroshi Arakaki, que presidia o Júri. Em seguida ele revogou a prisão preventiva e concedeu liberdade provisória para Manoel.

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Vale dizer que no dia 9 do mês passado, Manoel foi julgado por outro assassinato, tendo como vítima Wanderon André Dourado Campos, mas ele foi absolvido e voltou para a cadeia esperando o julgamento de ontem, que está adiado e agora ele aguardará em liberdade.

Os dois crimes foram cometidos no Bairro São Félix e tanto no caso de Wanderson (do qual Manoel foi absolvido) quanto no caso de Francielton (que está adiado) a motivação seria ciúmes, pois as duas vítimas teriam envolvimento com a ex-companheira de Manoel. De uma das acusações ele já se livrou. Resta saber se vai escapar da outra. Saberemos no dia 10 de dezembro.

Arnaldo Ramos também atua na defesa do ex-militar Manoel Filho

HOMICÍDIO TENTADO VIRA LESÃO

Na segunda-feira (7), outro Júri, onde também atuaram os advogados Odilon e Arnaldo, terminou com a absolvição o réu Luzinaldo Araújo Gomes, conhecido como “Luiz Maranhão”, acusado de agredir a golpes de facão seu desafeto Jefferson José Abade, em 16 de março de 2012. O caso foi noticiado pelo Jornal CORREIO na época.

A defesa do acusado conseguiu convencer os jurados de que Luzinaldo cometeu apenas lesões corporais e que não teve intenção de matar Jefferson. Até mesmo o Ministério Público entendeu dessa forma.

Sendo assim, o juiz Alexandre Arakaki retirou a competência para o julgamento do Tribunal do Júri, razão pela qual avocou a competência para o julgamento do crime de lesão corporal, que não cabe ao Júri Popular, mas ao juiz singular.

Coincidência ou não, no Júri realizada semana passada, o réu também saiu pela porta da frente pelo mesmo motivo. Os jurados entenderam que ele cometeu apenas lesões corporais e não tentativa de homicídio. (Chagas Filho)