Correio de Carajás

Acusado de matar o padrasto encara júri

Está acontecendo no Salão de Júri da Comarca de Marabá o julgamento de Edmilson Ribeiro de Souza, acusado de ter assassinado o padrasto, Antônio Ramos, em maio do ano passado. Conforme a denúncia do Ministério Público do Estado do Pará, no dia 19 daquele mês, pela tarde, o acusado havia discutido com a vítima.

Os dois viviam juntos na mesma propriedade e a discussão se deu porque Edmilson queria vender a área, contra a vontade da vítima. De acordo com o MP, na mesma tarde ele chegou a pegar uma foice e atacou Antônio, que conseguiu desviar do golpe.

À noite, por volta das 21 horas, a mãe e a esposa de Edmilson acordaram com barulhos vindos da cozinha e ao chegarem no local encontraram a vítima caída, com uma lesão na cabeça e suja de terra. Ao lado do corpo, havia um tijolo. A única pessoa na residência além das duas mulheres era o acusado.

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Na hora ele negou ter matado e disse que a vítima teve um infarto. Depois contou que a lesão na cabeça da vítima foi causada pela queda após passar mal. Testemunhas afirmaram, no entanto, terem ouvido a mãe do acusado questionar “meu filho, por que você fez isso com meu velho? Aquele tijolo no estava ali, Vou te pegar. Se a polícia vier aqui eu vou contar que foi você”. Ouviram, ainda, o próprio acusado dizer “já me livrei de um, agora quero ver quem me impede de vender a terra que tenho aqui”.

Edmilson acabou preso quase um mês depois, por força de prisão preventiva requerida pelo Departamento de Homicídios da Polícia Civil. Durante o processo, a perícia constatou que a vítima morreu devido a hemorragia intracraniana provocada por ação contunde. No interrogatório judicial, ele continuou negando o crome, afirmando que estava dormindo quando a mão o acordou dizendo que a vítima estava morrendo e pensou que tinha tido um enfarte.

Conforme o defendor público Allysson Castro, que atua no caso, apesar do Ministerio Público alegar que existem provas para condenar Edmilson, a Defesa entende que a acusação não procede. “Primeiro porque o acusado não teria motivos para matar seu próprio pai. Segundo porque o acusado não fugiu da cena do crime, tendo pedido ajuda para os vizinhos e demais familiares. Terceiro porque a mãe do acusado e esposa da vítima, que estava dentro da residência, em nenhum momento disse categoricamente que teria sido ele que matou a vítima, ao contrário, disse que a vítima teria morrido de uma queda, após ter se sentido mal. A defesa acredita que o Conselho de Sentença irá acolher as razões da Defensoria Pública e irá absolver o acusado pela negativa de autoria”, disse. (Luciana Marschall)

Está acontecendo no Salão de Júri da Comarca de Marabá o julgamento de Edmilson Ribeiro de Souza, acusado de ter assassinado o padrasto, Antônio Ramos, em maio do ano passado. Conforme a denúncia do Ministério Público do Estado do Pará, no dia 19 daquele mês, pela tarde, o acusado havia discutido com a vítima.

Os dois viviam juntos na mesma propriedade e a discussão se deu porque Edmilson queria vender a área, contra a vontade da vítima. De acordo com o MP, na mesma tarde ele chegou a pegar uma foice e atacou Antônio, que conseguiu desviar do golpe.

À noite, por volta das 21 horas, a mãe e a esposa de Edmilson acordaram com barulhos vindos da cozinha e ao chegarem no local encontraram a vítima caída, com uma lesão na cabeça e suja de terra. Ao lado do corpo, havia um tijolo. A única pessoa na residência além das duas mulheres era o acusado.

Na hora ele negou ter matado e disse que a vítima teve um infarto. Depois contou que a lesão na cabeça da vítima foi causada pela queda após passar mal. Testemunhas afirmaram, no entanto, terem ouvido a mãe do acusado questionar “meu filho, por que você fez isso com meu velho? Aquele tijolo no estava ali, Vou te pegar. Se a polícia vier aqui eu vou contar que foi você”. Ouviram, ainda, o próprio acusado dizer “já me livrei de um, agora quero ver quem me impede de vender a terra que tenho aqui”.

Edmilson acabou preso quase um mês depois, por força de prisão preventiva requerida pelo Departamento de Homicídios da Polícia Civil. Durante o processo, a perícia constatou que a vítima morreu devido a hemorragia intracraniana provocada por ação contunde. No interrogatório judicial, ele continuou negando o crome, afirmando que estava dormindo quando a mão o acordou dizendo que a vítima estava morrendo e pensou que tinha tido um enfarte.

Conforme o defendor público Allysson Castro, que atua no caso, apesar do Ministerio Público alegar que existem provas para condenar Edmilson, a Defesa entende que a acusação não procede. “Primeiro porque o acusado não teria motivos para matar seu próprio pai. Segundo porque o acusado não fugiu da cena do crime, tendo pedido ajuda para os vizinhos e demais familiares. Terceiro porque a mãe do acusado e esposa da vítima, que estava dentro da residência, em nenhum momento disse categoricamente que teria sido ele que matou a vítima, ao contrário, disse que a vítima teria morrido de uma queda, após ter se sentido mal. A defesa acredita que o Conselho de Sentença irá acolher as razões da Defensoria Pública e irá absolver o acusado pela negativa de autoria”, disse. (Luciana Marschall)