Correio de Carajás

Acusado de matar mulher é pronunciado pela Justiça

José Hilton Conceição de Souza foi pronunciado neste mês pelo juiz Alexandre Hiroshi Arakaki, titular da 3ª Vara Criminal de Marabá, e deverá ir à júri popular pela morte da ex-companheira, Sandra Maria Pereira da Costa, registrada em 2011. A acusação é de que ele não aceitava o fim do relacionamento entre eles.

Conforme a denúncia do Ministério Público do Estado do Pará, em 10 de novembro daquele ano, aproximadamente às 23h30, na Folha 16, Nova Marabá, José Hilton esfaqueou a mulher por motivo fútil. Ferida, ela chegou a ser levada ao hospital, porém não resistiu e morreu em seguida.

Segundo as investigações, o acusado ainda ligou para o irmão informando que havia acabado de esfaquear a mulher. Após o recebimento da denúncia, em fevereiro de 2012, o Poder Judiciário decretou a prisão preventiva contra ele, uma vez que José Hilton não respondeu à acusação e nem constituiu advogado.

Leia mais:

O mandado de prisão foi cumprido no ano passado, em 6 de junho. Após isso, ele ainda requereu a rejeição da denúncia e a absolvição, o que não foi acatado uma vez que, conforme o Poder Judiciário, há fortes indícios da prática criminosa.

A irmã da vítima, por exemplo, contou em depoimento que vizinhos presenciaram o ocorrido. Estes informaram que ele esfaqueou a mulher ao menos 10 vezes e que o motivo foi uma briga de casal, algo comum entre ambos. Ela declarou, ainda, que José Hilton agredia frequentemente Sandra Maria e, inclusive, chegou a ser preso por este motivo antes do homicídio.

#ANUNCIO

O irmão do acusado informou que estava em casa dormindo quando soube que estava havendo uma briga entre o acusado e a companheira. Em seguida, diz, José Hilton telefonou para ele afirmando que estava acontecendo uma confusão e pediu para que ele fosse até a casa. O irmão então foi, pegou a criança que lá estava e saiu. Acrescentou que o relacionamento do casal era conturbado e que ocorriam agressões.

Em depoimento também afirmou que, ao que sabe, José Hilton não matou Sandra Maria Pereira, pois quando chegou ao local ela já tinha ido para o hospital, mas que acredita que ela foi lesionada e que provavelmente foi agredida fisicamente. Disse, ainda, ter ouvido na casa de saúde que ela havia sido furada por faca. Ao ligar para o irmão, disse, este lhe confirmou que tinha brigado com a vítima e tinha furado ela.

O acusado, por sua vez, em depoimento ao Poder Judiciário, informou que os fatos não são verdadeiros. Declarou que ele e a vítima estavam separados há quatro meses e que ela ligou pedindo dinheiro para comprar coisas da filha, afirmando que a mulher telefonou 57 vezes para a cunhada e esta emprestou o dinheiro.

Ele diz, também, que foi levar mantimentos para a criança, mas quando chegou, por volta de 20 horas, encontrou a vítima bebendo. Alegou que foi ela quem desferiu golpes de faca nele e que ele se abraçou com ela para se defender. Disse que tinha outras duas ou três pessoas que desferiram golpes na cabeça dele e que travou luta corporal, achando que a vítima se feriu neste momento.

Declarou achar que iria morrer e que foi a vítima quem desferiu um golpe no peito dele, do qual garante ter a cicatriz. Acusou vizinhos da vítima de terem o agredido e afirma que estes não falaram a verdade ao prestarem depoimento.

Porém, um destes vizinhos afirmou que o réu espancava muito a vítima e que viu a mulher sendo assassinada pelo acusado através da janela de sua casa. Outra testemunha também afirmou ter visto o crime e que a mulher era agredida frequentemente pelo acusado e que tinha conhecimento de que o réu não aceitava a separação, além de ter muito ciúme da companheira.

Por fim, uma vizinha disse que estava na rua quando o crime ocorreu. Ela conta que naquela noite a vítima deixou a filha dormindo em casa sob os cuidados do acusado e saiu para acompanhar a confusão entre outro casal de vizinhos. Alguns minutos depois, recebeu um telefonema do acusado que estava mandando ela voltar para casa. Como ela não acatou, ele foi até onde ela estava e ao encontrá-la usou de palavras agressivas, acertando um forte tapa no rosto dela, conforme a testemunha.

Para não ser espancada, diz a vizinha, a vítima saiu correndo, mas o homem conseguiu alcançá-la e ela caiu, momento em que ele teria pegado a companheira pelo braço e desferido a primeira facada. Mesmo ferida, diz a mulher, a vítima ainda conseguiu andar um pouco, caindo mais adiante. Além de pronunciá-lo, o magistrado também manteve a prisão do acusado. Ele foi preso em junho do ano passado, pela Polícia Militar, em uma movimentada farmácia da Folha 28, Nova Marabá, ao ser reconhecido por uma filha da vítima. (Luciana Marschall)

 

José Hilton Conceição de Souza foi pronunciado neste mês pelo juiz Alexandre Hiroshi Arakaki, titular da 3ª Vara Criminal de Marabá, e deverá ir à júri popular pela morte da ex-companheira, Sandra Maria Pereira da Costa, registrada em 2011. A acusação é de que ele não aceitava o fim do relacionamento entre eles.

Conforme a denúncia do Ministério Público do Estado do Pará, em 10 de novembro daquele ano, aproximadamente às 23h30, na Folha 16, Nova Marabá, José Hilton esfaqueou a mulher por motivo fútil. Ferida, ela chegou a ser levada ao hospital, porém não resistiu e morreu em seguida.

Segundo as investigações, o acusado ainda ligou para o irmão informando que havia acabado de esfaquear a mulher. Após o recebimento da denúncia, em fevereiro de 2012, o Poder Judiciário decretou a prisão preventiva contra ele, uma vez que José Hilton não respondeu à acusação e nem constituiu advogado.

O mandado de prisão foi cumprido no ano passado, em 6 de junho. Após isso, ele ainda requereu a rejeição da denúncia e a absolvição, o que não foi acatado uma vez que, conforme o Poder Judiciário, há fortes indícios da prática criminosa.

A irmã da vítima, por exemplo, contou em depoimento que vizinhos presenciaram o ocorrido. Estes informaram que ele esfaqueou a mulher ao menos 10 vezes e que o motivo foi uma briga de casal, algo comum entre ambos. Ela declarou, ainda, que José Hilton agredia frequentemente Sandra Maria e, inclusive, chegou a ser preso por este motivo antes do homicídio.

#ANUNCIO

O irmão do acusado informou que estava em casa dormindo quando soube que estava havendo uma briga entre o acusado e a companheira. Em seguida, diz, José Hilton telefonou para ele afirmando que estava acontecendo uma confusão e pediu para que ele fosse até a casa. O irmão então foi, pegou a criança que lá estava e saiu. Acrescentou que o relacionamento do casal era conturbado e que ocorriam agressões.

Em depoimento também afirmou que, ao que sabe, José Hilton não matou Sandra Maria Pereira, pois quando chegou ao local ela já tinha ido para o hospital, mas que acredita que ela foi lesionada e que provavelmente foi agredida fisicamente. Disse, ainda, ter ouvido na casa de saúde que ela havia sido furada por faca. Ao ligar para o irmão, disse, este lhe confirmou que tinha brigado com a vítima e tinha furado ela.

O acusado, por sua vez, em depoimento ao Poder Judiciário, informou que os fatos não são verdadeiros. Declarou que ele e a vítima estavam separados há quatro meses e que ela ligou pedindo dinheiro para comprar coisas da filha, afirmando que a mulher telefonou 57 vezes para a cunhada e esta emprestou o dinheiro.

Ele diz, também, que foi levar mantimentos para a criança, mas quando chegou, por volta de 20 horas, encontrou a vítima bebendo. Alegou que foi ela quem desferiu golpes de faca nele e que ele se abraçou com ela para se defender. Disse que tinha outras duas ou três pessoas que desferiram golpes na cabeça dele e que travou luta corporal, achando que a vítima se feriu neste momento.

Declarou achar que iria morrer e que foi a vítima quem desferiu um golpe no peito dele, do qual garante ter a cicatriz. Acusou vizinhos da vítima de terem o agredido e afirma que estes não falaram a verdade ao prestarem depoimento.

Porém, um destes vizinhos afirmou que o réu espancava muito a vítima e que viu a mulher sendo assassinada pelo acusado através da janela de sua casa. Outra testemunha também afirmou ter visto o crime e que a mulher era agredida frequentemente pelo acusado e que tinha conhecimento de que o réu não aceitava a separação, além de ter muito ciúme da companheira.

Por fim, uma vizinha disse que estava na rua quando o crime ocorreu. Ela conta que naquela noite a vítima deixou a filha dormindo em casa sob os cuidados do acusado e saiu para acompanhar a confusão entre outro casal de vizinhos. Alguns minutos depois, recebeu um telefonema do acusado que estava mandando ela voltar para casa. Como ela não acatou, ele foi até onde ela estava e ao encontrá-la usou de palavras agressivas, acertando um forte tapa no rosto dela, conforme a testemunha.

Para não ser espancada, diz a vizinha, a vítima saiu correndo, mas o homem conseguiu alcançá-la e ela caiu, momento em que ele teria pegado a companheira pelo braço e desferido a primeira facada. Mesmo ferida, diz a mulher, a vítima ainda conseguiu andar um pouco, caindo mais adiante. Além de pronunciá-lo, o magistrado também manteve a prisão do acusado. Ele foi preso em junho do ano passado, pela Polícia Militar, em uma movimentada farmácia da Folha 28, Nova Marabá, ao ser reconhecido por uma filha da vítima. (Luciana Marschall)