Jonas Lima de Jesus foi condenado pelo Tribunal do Júri Popular a cumprir pena de 14 anos e três meses em regime fechado pela morte da ex-companheira, Aline do Nascimento Sousa, então com 19 anos, assassinada dentro de um quarto no dia 16 de dezembro de 2023. A sessão ocorreu nesta terça-feira (26), na Comarca de Jacundá, no sudeste do Pará.
Os promotores de justiça Thiago Cabral e Erick Fernandes atuaram na acusação, defendendo a tese de feminicídio. Jonas Lima tirou a vida de Aline Sousa enquanto ela dormia, motivado por não aceitar o término do relacionamento. A vítima foi morta a pauladas e seu corpo foi encontrado pela mãe.
Um dos momentos mais emocionantes da sessão foi o depoimento da mãe da vítima, Maria Gorete, que afirmou que “a morte de Aline trouxe um vazio imenso”. Em relação às ameaças sofridas pela filha antes do assassinato, ela declarou enfaticamente: “mulher não deve aceitar qualquer tipo de agressão.”
Leia mais:A defesa tentou desclassificar o crime de feminicídio duplamente qualificado para homicídio simples, mas os jurados consideraram que o acusado não deu chance de defesa à vítima, confirmando a tese de feminicídio. “A confissão, os bons antecedentes e a apresentação espontânea do réu culminou para a pena de 14 anos e três meses. O condenado está preso desde a época do crime, o que reduzirá sua pena para 13 anos. Melhor do que isso, somente a absolvição”, comemorou o advogado de defesa, Clayton Fernandes.
A sessão do Tribunal do Júri, composta por seis homens e uma mulher, durou pouco mais de oito horas, sendo presidida pelo juiz Jun Kubota e com a participação de representantes da Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres (Sepom).
(Antonio Barroso – Freelancer)