Hoje, segunda-feira (16), a Seção de Direito Penal do Tribunal de Justiça do Pará decidiu por unanimidade de votos desaforar para a Comarca de Belém a sessão de julgamento de Elvis Fernandes Silva, pelo crime em que é acusado pelo homicídio de Ivanilson Santos Fontes. Ele também responde – junto de outros oito homens – pelo homicídio do conselheiro tutelar Rondinele Salomão Maracaípe, ocorrida em janeiro do ano passado.
O pedido de transferência de sede para o julgamento foi apresentado pelo Ministério Público do Estado do Pará. A promotoria justificou haver receio por falta de imparcialidade do corpo de jurados, argumentando que o réu é de alta periculosidade e suposto integrante de organização criminosa que seria formada, na sua maioria, por policiais militares.
#ANUNCIO
Leia mais:Elvis também responde a outros processos por homicídio, tentativa de homicídio e por integrar organização criminosa em grupo de extermínio. Para o Ministério Público, parte da população de Itupiranga tem temor dos acusados e uma parcela dela, inclusive, apoia as práticas criminosas por considerarem que a milícia garante maior sensação de segurança, já que há a suspeita de que a quadrilha estaria atuando também na eliminação de infratores.
Além do pedido da promotoria, o Juízo da Comarca de Itupiranga também se manifestou favorável à transferência da sede de julgamento. Elvis participou no último mês de audiência do caso do homicídio do conselheiro tutelar. Além dos réus, foram ouvidas cinco testemunhas de acusação e 22 de defesa.
Em novembro, sete policiais militares foram apontados como suspeitos de participação no caso e uma operação foi desencadeada pelo Ministério Público do Estado do Pará e a Corregedoria da Polícia Militar para cumprimento dos nove mandados de prisão preventiva. Dentre os alvos dos mandados, três já estavam presos e, dentre estes, Elvis Fernandes da Silva, um dos únicos civis presos.
Em relação ao caso de Ivanilson, conforme o relatório de pronúncia, o Ministério Público ofereceu denúncia contra Elvis afirmando que, de acordo com a investigação policial, a vítima estava no portão de casa com a companheira, conversando com Elvis, quando este entrou na casa e assassinou a vítima na presença da filha, uma criança.
Ele acabou reconhecido por testemunhas oculares. Estas dizem que ele chegou procurando por “Ivan”. A vítima então disse que não havia ninguém com aquele nome na residência e permitiu a entrada do atirador para ver que na casa não havia mais ninguém. Ao entrar, o atirador efetuou dois disparos contra a cabeça da vítima. (Luciana Marschall)
Hoje, segunda-feira (16), a Seção de Direito Penal do Tribunal de Justiça do Pará decidiu por unanimidade de votos desaforar para a Comarca de Belém a sessão de julgamento de Elvis Fernandes Silva, pelo crime em que é acusado pelo homicídio de Ivanilson Santos Fontes. Ele também responde – junto de outros oito homens – pelo homicídio do conselheiro tutelar Rondinele Salomão Maracaípe, ocorrida em janeiro do ano passado.
O pedido de transferência de sede para o julgamento foi apresentado pelo Ministério Público do Estado do Pará. A promotoria justificou haver receio por falta de imparcialidade do corpo de jurados, argumentando que o réu é de alta periculosidade e suposto integrante de organização criminosa que seria formada, na sua maioria, por policiais militares.
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Elvis também responde a outros processos por homicídio, tentativa de homicídio e por integrar organização criminosa em grupo de extermínio. Para o Ministério Público, parte da população de Itupiranga tem temor dos acusados e uma parcela dela, inclusive, apoia as práticas criminosas por considerarem que a milícia garante maior sensação de segurança, já que há a suspeita de que a quadrilha estaria atuando também na eliminação de infratores.
Além do pedido da promotoria, o Juízo da Comarca de Itupiranga também se manifestou favorável à transferência da sede de julgamento. Elvis participou no último mês de audiência do caso do homicídio do conselheiro tutelar. Além dos réus, foram ouvidas cinco testemunhas de acusação e 22 de defesa.
Em novembro, sete policiais militares foram apontados como suspeitos de participação no caso e uma operação foi desencadeada pelo Ministério Público do Estado do Pará e a Corregedoria da Polícia Militar para cumprimento dos nove mandados de prisão preventiva. Dentre os alvos dos mandados, três já estavam presos e, dentre estes, Elvis Fernandes da Silva, um dos únicos civis presos.
Em relação ao caso de Ivanilson, conforme o relatório de pronúncia, o Ministério Público ofereceu denúncia contra Elvis afirmando que, de acordo com a investigação policial, a vítima estava no portão de casa com a companheira, conversando com Elvis, quando este entrou na casa e assassinou a vítima na presença da filha, uma criança.
Ele acabou reconhecido por testemunhas oculares. Estas dizem que ele chegou procurando por “Ivan”. A vítima então disse que não havia ninguém com aquele nome na residência e permitiu a entrada do atirador para ver que na casa não havia mais ninguém. Ao entrar, o atirador efetuou dois disparos contra a cabeça da vítima. (Luciana Marschall)