Correio de Carajás

Acusado de homicídio é condenado a 16 anos de prisão em Marabá

Ronaldo Costa ficou foragido por quatro anos, mas foi preso em 2024 em Itupiranga

Na madrugada de 27 de agosto de 2020, Clésio Soares Fernandes, conhecido como “Espírito”, foi morto com golpes de faca durante uma bebedeira no bairro Bom Planalto, em Marabá. Nesta quinta-feira (3), Ronaldo Costa da Silva, acusado pelo crime, foi condenado a 16 anos de prisão em regime fechado pelo Tribunal do Júri, em julgamento realizado no Fórum de Marabá.

No julgamento, a promotora de justiça Cristine Magella Corrêa Lima sustentou que o crime foi cometido por motivo fútil e de forma que impediu a defesa da vítima, o que caracteriza homicídio qualificado. Já os advogados de defesa, Frederico Nogueira Nobre de Amorim e Arnaldo Ramos, afirmaram que Ronaldo não foi o autor do crime, tentando convencer os jurados com a tese de negativa de autoria.

Segundo a acusação, Ronaldo matou Clésio de forma covarde. Os dois bebiam com outras pessoas quando começaram a discutir. Após o desentendimento, Ronaldo foi até seu carro, pegou uma faca, escondeu o objeto na cintura e, momentos depois, atacou Clésio pelas costas, o esfaqueando na região do pescoço. A vítima chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos.

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Após o crime, Ronaldo fugiu e ficou foragido por quase quatro anos. Ele só foi preso em abril de 2024, em Itupiranga, quando a polícia cumpriu o mandado de prisão expedido ainda em 2020.

Os jurados, por sua vez, acataram integralmente a acusação do Ministério Público, reconhecendo que Ronaldo foi o autor do homicídio e que o crime foi cometido com as duas qualificadoras apresentadas: motivo fútil e impossibilidade de defesa da vítima.

Com base na decisão do Conselho de Sentença, a juíza Alessandra Rocha da Silva Souza fixou a pena em 16 anos de reclusão. A sentença será cumprida em regime fechado.

(Luciana Araújo, com informações do MPPA)