Correio de Carajás

Acusado de estuprar filha e afilhada em Brejo Grande é preso no Maranhão

Rafael era procurado pela polícia desde agosto de 2022

Investigado por estupro de vulnerável, Rafael Pessoa dos Santos foi preso nesta terça-feira (11), no município maranhense de São Bernardo. Após 11 meses foragido, a operação conjunta entre as Polícias Civis do Pará e Maranhão realizaram o cumprimento de prisão preventiva do homem de 33 anos, acusado de estuprar duas menores, de 13 e 5 anos, sendo uma delas sua própria filha.

Após longo trabalho investigativo, a equipe policial de Brejo Grande obteve informações que o homem se encontrava no estado vizinho. Diante disso, o delegado Igor Wanick buscou apoio dos delegados Robert Freire e Alex Rego, dos municípios de Araioses e São Bernardo, respectivamente, e a cooperação culminou na localização e prisão do suspeito por volta das 13h.

Segundo a PC, Rafael foi encaminhado ao sistema prisional da cidade de Chapadinho, também no Maranhão, e será transferido para o sistema prisional do Pará.

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Procurada pela reportagem, a mãe de uma das vítimas disse estar feliz com a prisão, no entanto, sente medo de que ele fique em liberdade: “Ouvi dizer que os familiares dele (Rafael), querem pagar a fiança e temo que ele faça algo comigo ou minha filha”, diz.

ENTENDA O CASO

Rafael é acusado de estuprar a filha, na época com 13 anos, e de aliciar a afilhada, que tinha 5. Ele estava foragido desde agosto de 2022, quando teve a prisão preventiva decretada por Luciano Mendes Scalia, juiz da comarca de São João do Araguaia.

A ex-companheira do acusado, mãe da criança mais velha e madrinha da mais nova, contou ao CORREIO que Rafael abusava diariamente da filha e que a afilhada era aliciada sempre que frequentava sua casa.

A mulher relata que na época não tinha conhecimento das ações do acusado e a situação veio à tona depois que a filha contou para uma amiga. Em um relato emocionante, ela disse que Rafael agia com frieza e desabafou, ao dividir que esperava dele, como pai, que defendesse, cuidasse e protegesse a menina. Em vez disso, afirma, ele a estuprou, ameaçou e humilhou. “Ele foi frio. Ameaçava muito minha filha, dizia que ia me matar e depois, como ela não teria ninguém, a guarda ficaria com ele e ele ia fazer pior com ela”, relata a genitora.

Segundo a mãe, a menina de 13 anos – atualmente com 16 – fazia tratamento médico na época dos abusos relatados e agora faz uso de medicação controlada para ansiedade. A jovem também convivia com um medo constante, pois o acusado estava foragido. A genitora assevera que a família paterna nunca deu assistência para ela e a filha e que chegou a ser ameaçada de morte por um dos irmãos de Rafael. (Thays Araujo e Luiz Carlos Silva – freelancer)