Correio de Carajás

Acusado de estuprar e matar grávida em Itupiranga vai a júri

O caso aconteceu há dois anos e deixou a cidade chocada. A defesa do acusado afirma que não há provas contra ele e trabalhará com a negativa de autoria neste segundo julgamento

Darlan foi preso no dia seguinte, mas sua defesa alegará inocência

Esta quarta-feira (27) promete ser tensa na cidade de Itupiranga. É nessa data que acontece o julgamento de Darlan da Silva Nunes, de 24 anos. Ele é acusado de estuprar e assassinar a jovem Franciele Araújo Lima, 20, então gravidade de sete meses. O crime ocorreu em 5 de outubro de 2021. A defesa do acusado vai usar a tese de negativa de autoria.

Franciele, grávida, foi vítima de estupro e espancamento e acabou morrendo

Darlan foi preso, dentro do flagrante, depois que a PM recebeu informação pelo do Disque Denúncia Sudeste do Estado, de que Darlan, um dos suspeitos, estaria trabalhando descarregando um caminhão em Tucuruí.

Ao tomar conhecimento de que Darlan estava sendo procurado, o proprietário do caminhão em que o suspeito trabalhava o levou na tarde do dia seguinte até o Destacamento da Polícia Militar de Itupiranga.

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Ao chegar próximo ao destacamento, Darlan aparentou nervosismo e fugiu. “Ele correu, pulou do caminhão, empreendeu fuga e nossas guarnições conseguiram capturar o mesmo em outro bairro”, informou o tenente Aldir, da Polícia Militar.

Por telefone, a advogada Cristina Longo, que defenderá Darlan no Tribunal do Júri, confirmou que seu cliente é inocente e, por isso, será usada a negativa de autoria. A advogada lembra que Darlan já foi submetido a um outro júri, que acabou anulado, porque o Ministério Público recorreu, e agora irá novamente sentar no banco dos réus.

O crime

Franciele ainda chegou a ser levada ao Hospital Municipal de Marabá (HMM), mas não resistiu. O médico que a atendeu disse à família que Franciele foi estuprada pela vagina e pelo ânus. Provavelmente, teve um pedaço de pau enfiado no orifício, perfurando tripas e intestino. Além disso, ela estava toda machucada e com o maxilar quebrado.

“Fizeram uma atrocidade sem tamanho com a minha irmã. Ela teria que fazer duas cirurgias, uma no ânus para recompor e a outra para a retirada da criança. Eles fizeram a primeira cirurgia e aguardaram algumas horas para realizar a segunda, porque era mais delicada. Mas ela não aguentou e morreu”, lamentou Reginaldo Araújo, irmão da vítima. (Chagas Filho)