Correio de Carajás

Acusado de estuprar 19 mulheres em Parauapebas é novamente preso

Uma operação do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (GRECO), da Polícia Civil do Piauí, desencadeada no domingo (5), resultou na prisão de Samuel Cruz dos Santos, que já havia sido detido em 2015 acusado de ter assassinado Maycon Wellington Teixeira Batista, soldado da Polícia Militar do Estado do Pará que atuava em Parauapebas. Também na cidade paraense ele é acusado de cometer 19 estupros.

O homicídio ocorreu em 17 de julho de 2015, na Avenida Miguel Rosa, em Teresina, capital do Piauí. A vítima, à época, foi alvejada a tiros na Avenida Miguel Rosa. De acordo com as investigações, Samuel Cruz cometeu o crime porque o militar sabia dos crimes cometidos por ele. Uma mulher com quem a vítima tinha relacionamento também acabou presa, suspeita de participação no homicídio.

Dados da Secretaria de Segurança Pública do Piauí (SSP-PI) revelam que Samuel Cruz dos Santos responde por 19 estupros em Parauapebas, no estado do Pará. De acordo com a Secretaria de Segurança, Samuel Cruz, ele foi preso em junho de 2013 por estupro, mas conseguiu fugir do Sistema Penitenciário paraense com a ajuda de um agente da prisão.

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Em 2014 voltou a ser preso após longa investigação sobre assaltos a agências bancárias que estavam ocorrendo no interior do Pará e foi contabilizado um total de 19 vítimas de estupro somente em Parauabepas.

Agora, ao ser preso pelo GRECO, voltou a se apresentar com o nome falso Edvan Lima dos Santos. Uma investigação realizada pelo DHPP em 2015 constatou uma certidão de nascimento cujo nome registrado é Samuel Cruz dos Santos.

Contra ele pesam diversos crimes em vários estados da federação. O último foi um duplo estupro de mãe e filha no Bairro Esplanada, zona sul de Teresina. Os policiais conseguiram identificar ainda que o acusado é suspeito de outro crime de estupro em Araguaiana, no Tocantins, e outro em Santa Inês, no Maranhão.

Como o suspeito agia

O delegado Daniell Pires, do GRECO, disse que o acusado confessou que procurava um tipo específico de mulher e que também ajudava na escolha se o muro da residência das vítimas fosse baixo, para que ele pudesse pular. Em todos os crimes ele agia da mesma forma, foi assim que os policiais conseguiram identificar o criminoso.

“Foram feitas pesquisas de estupro em outros estados e encontramos um Boletim de Ocorrência de Araguaiana, no Tocantins, onde a vítima narrou da mesma forma da vítima daqui. Ele entra na casa, amarra e pratica o ato libidinoso, com a conjunção carnal. Outra coisa que chamou atenção é que ele vendava as vítimas, além de filmar os atos. As vítimas disseram que no ato ele não era violento e tentava passar para elas que eles tinham certa intimidade”, afirmou o delegado.

No final da ação, o acusado ainda roubava as vítimas e os produtos foram encontrados na residência onde o criminoso estava com os demais membros da quadrilha de assaltantes, como explicou o delegado Tales Gomes, coordenador do GRECO.

“Da vítima do bairro Redenção ele roubou uma televisão e um celular. No caso do celular foi encontrado com outra pessoa que não tem nada a ver, mas a televisão estava com ele na casa da organização criminosa e o objeto foi reconhecido pela vítima. No caso das vítimas do bairro Esplanada, a mãe e a filha, foram encontrados vários documentos delas, além dos celulares. Os panos que ele usou para amarrar elas também estavam no local e nos crimes ele usava a mesma camisa. Ele foi reconhecido, então temos as provas”, afirmou Tales Gomes.

A organização criminosa

As ações de Samuel Cruz dos Santos fizeram o Greco descobrir sobre a organização criminosa e com eles foram aprendidos explosivos, um revólver com cinco munições intactas e um simulacro de arma de fogo do tipo pistola, bem como aproximadamente R$ 140 mil em dinheiro que estava marcado com tinta de segurança de caixas eletrônicos.

Samuel Cruz do Santos é fugitivo da penitenciária de Pedrinhas, de onde escapou no ano de 2018. (Fonte:GP1)