Mais de três anos e seis meses depois que Maria Celismar Alves de Morais foi assassinada por uma facada no coração o acusado pelo crime, Valdemir Santos de Sousa, companheiro dela, sentará no banco dos réus no Fórum de Marabá. Foi designada para o próximo dia 30 de setembro, às 8h30, a Sessão de Instrução e Julgamento do processo.
Segundo a denúncia do Ministério Público do Estado do Pará, 1º de janeiro de 2016, por volta das 6h30, em um bar localizado na Vila do Beca, no Assentamento Patauá, zona rural de Marabá, o homem perfurou o peito esquerdo e o braço da vítima com uma faca, levando-a à morte.
Uma sobrinha do homem era a dona do local e informou, em depoimento em juízo, que havia ocorrido uma festa na casa dela, localizada ao lado, da qual o casal participou. Depois disso, afirma ter encontrado a vítima já ferida, mas o homem não estava mais no local.
Leia mais:Ao conversar com a Polícia Civil, entretanto, apresentou outra versão, afirmando que escutou a vítima pedindo para o tio parar algo e em seguida gritando ‘ai’. Ainda ouviu Maria Celismar dizer ‘ele me matou’. Também afirmou ter visto o homem deixando o local sujo de sangue. Além disso, relatou que a mãe dele tentou impedir que ele saísse de moto, então ele fugiu a pé.
Uma tia da vítima disse que foi buscar o corpo da sobrinha e soube que ainda na festa o homem chamou a mulher para fazer um serviço com ele, mas a família dele aconselhou que ela não fosse porque ele pretendia matar a mulher, dessa forma ele teria saído da casa, dado a volta pelos fundos, retornado e esfaqueado a mulher, que era mãe de seis filhos.
Essa mesma tia informou que a vítima pretendia deixar o homem porque este a ameaçava constantemente. Uma prima da vítima informou que antes do crime a mulher ligou para ela afirmando que fugiria para a casa dos parentes porque não estava aguentando ser agredida pelo acusado.
Valdemir, por sua vez, nega ser o autor do crime e alega que estava separado da mulher quando ela foi morta. O caso corre na 3ª Vara Criminal e o julgamento será presidido pelo juiz Alexandre Hiroshi Arakaki, presidente do Tribunal do Júri. (Luciana Marschall)